A calma de Luang Prabang

Inclui o Laos na minha viagem ao sudeste asiático em novembro de 2014 – mas, em razão do pouco tempo que tinha, tive que deixar a capital Vientiane de fora e apenas conseguir colocar a cidade de Luang Prabang no roteiro – uma cidade pequenininha, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, repleta de templos e calma, muito calma.

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A charmosa Bruges!

Bruges, pra mim, foi praticamente o único motivo por qual conhecer a Bélgica valeu a pena!  Sendo bem honesta, achei Bruxelas um pouco sem graça, mas Bruges é bem charmosa.

Na estação central de trem em Bruxelas, compramos no próprio dia a passagem para Bruges (são várias as opções e você pode ver pelo site). A viagem demora uma hora e, quando fomos, em novembro/2013, custava menos de quinze euros o trecho.  Continue reading

Um final de semana no Rio! – roteiro básico

Sexta-feira à noite, logo depois de aterrissar no Rio, pra já entrar no clima, uma boa opção é ir em um dos botecos famosos da zona sul: pedir um chopp no Veloso ou no Jobi (se você não se importar de ficar de pé!), ou ir provar um dos bolinhos do Chico e Alaide.

Sábado, a gente torce pra estar sol e curtir o programa mais esperado: pegar praia em Ipanema ou no Leblon – em qualquer lugar, alugam cadeiras e guarda sóis – daí é só esperar alguém vendendo um mate gelado e um biscoito de polvilho Globo para a manhã ficar completa.  Continue reading

Lima – o que conhecer em um dia!

Eu e meu irmão aproveitamos o feriado de Corpus Christi para ir para o Machu Picchu, mas decidimos parar antes em Lima pra conhecer um pouco da capital peruana. Na verdade, seria só um pouco mesmo – já que teríamos apenas o dia da nossa chegada, pois no dia seguinte já iríamos pegar o voo para Cusco.

A primeira atração foi passear pela beira-mar em Miraflores, bairro que ficamos hospedados. Começamos andando até o Parque Del Amor, com esculturas bem bacanas e com uma vista linda do mar.  Continue reading

Bira de Guaratiba: moqueca com vista para a restinga

Que o Rio de Janeiro é lindo, todo mundo já sabe. Que reúne ótimos restaurantes, também. Mas quando consegue juntar o melhor dos dois mundos em um só lugar fica mais fácil entender a fama do restaurante. E é esse o caso do Bira de Guaratiba.

Num clima sem frescura e integrado com a natureza, o Bira tem uma vista única: a restinga da Marambaia.

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O problema, além da fila habitual nos finais de semana e do preço salgado, é a distância: para chegar lá é imprescindível estar carro (ou ir de taxi) e o restaurante fica bem longe da zona sul, onde normalmente costuma se hospedar quem está a passeio.

Mas, mesmo assim, para quem tiver mais tempo na cidade e quiser conhecer um pouco além da zona sul, vale a pena encarar e desfrutar de um outro lado da natureza incrível do Rio.

Mas voltando à gastronomia! Eu escolhi a opção mais pedida da casa: uma moqueca de peixe de primeira – afinal, sendo comandada por um pescador, a especialidade não podia ser outra senão os frutos do mar. Mas tudo é uma delícia: as entradas (como os pasteizinhos de siri) e as caipirinhas de frutas não ficam pra trás.

E por isso, em 2011 o Bira foi eleito pela revista americana “Newsweek” como um dos 101 melhores restaurantes do mundo – único carioca a entrar na lista.

Mas, na verdade, eu me deliciei mesmo foi com aquele cenário exuberante único, podendo almoçar vendo o mangue fazer divisa com o mar.

Mais informações:

Restaurante Bira de Guaratiba. Aberto de quinta-feira a domingo, das 12 às 17 horas.

Importante: Não aceita cartões de crédito (só debito e dinheiro)!

Estrada da Vendinha 68 A, Barra de Guaratiba, Rio de Janeiro – RJ – Brasil tel. 21 24108304.

Dicas para o final de semana: Pinacoteca do Estado de São Paulo

A Pinacoteca do Estado de São Paulo é o mais antigo museu de arte de São Paulo, fundado em 1905. Fica bem no centro da cidade, no Jardim da Luz e a própria arquitetura do prédio já faria a visita valer a pena (lindo, com pé direito alto e janelas enormes voltadas para seu próprio interior)

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São diversas pinturas, esculturas, desenhos e fotografias. Há, por exemplo, a incrível obra do artista plástico pernambucano José Patrício que usa 84 mil peças de dominó. Em junho/14 estava em cartaz a exposição “zero” – como celebração da Temporada da Alemanha no Brasil – mas as exposições renovam-se constantemente e são sempre interessantes. Para mais informações, dá pra checar no site as que estão em cartaz.

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“Expansão Múltipla”: dando uma nova utilidade às peças de dominó!

Não é difícil entender, em razão de todo este conjunto, o porquê de ter sempre algum grupo de alunos de fotografia estudando o local! A Pinacoteca conta também com a Galeria Tátil de Esculturas Brasileiras, localizada no segundo andar do museu, especialmente elaborada para visitantes com deficiências visuais.

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As quintas após as 17h e sábado o dia todo a entrada é gratuita. Mas o ingresso nos demais dias não é caro: custa seis reais e estudantes com carteirinha pagam meia entrada e, pra facilitar ainda mais, dispõe de estacionamento gratuito. Apesar do preço convidativo, o museu não fica lotado nem nos finais de semana. Dá pra combinar a entrada com a Estação Pinacoteca, outro museu que fica ali pertinho.

Pra quem se animar, os jardins do lado de fora também são lindos e merecem uma visita – o problema nesta parte é a quantidade de mendigos que também frequentam o espaço.

Nem parece São Paulo!

vista do segundo andar do museu

Uma sugestão para depois do museu é aproveitar para ir almoçar em Higienópolis – bairro pertinho do centro. Escolha entre uma carne do argentino delicioso Corrientes 348 ou algum dos excelentes pratos contemporâneos do Carlota.

Vá lá:

Pinacoteca do Estado de São Paulo: End.  Praça da Luz, 02 – Luz – Tel. 11 3324-1000

Restaurante Carlota: Rua Sergipe, 753 – Tel. (11) 3661-8670

Restaurante Corrientes 348: Rua Bahia, 364 –  Tel. (11) 4306-0348

Dica de Restaurante no Rio de Janeiro – Aprazível

Pra quem já conheceu o básico da zona sul e quiser variar e aproveitar pra visitar um bairro encantador do Rio a sugestão é o Restaurante Aprazível em Santa Teresa – que pelo ambiente super agradável acaba sendo mais do que só um almoço.

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O preço é salgado (achei bem caro!), mas ainda assim vale a pena conhecer pela linda vista e pelo ambiente rústico bem decorado e repleto de jardins.

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Fica a sugestão do pão de queijo com linguiça como entrada e da caipirinha pra acompanhar qualquer um dos pratos – a casa conta com cachaça de vários lugares do Brasil. Eu fui de vodca mesmo e optei pela caipirinha “tangemahall”, uma inusitada e saborosa combinação de caju, tangerina e hortelã.

meu prato: peixe tropical, acompanhado de arroz com castanhas e banana da terra (caro, mas bom!)

Saindo de lá, a pedida é dar uma volta no próprio bairro de Santa Teresa, visitando os ateliês e aproveitando o ambiente repleto de artistas. Se você for ao Rio a partir do segundo semestre de 2014, confira se o bondinho, que estava em obras desde 2011, já voltou a circular! Outra opção na região, pra quem quiser uma alternativa mais econômica do que o Aprazível, é a feijoada do Bar do Mineiro (eu ainda não fui, mas está na minha lista de pendências já que ouvi falar muito bem!)

Enfim, vale a pena incluir Santa Teresa – e especialmente o Aprazível – na sua próxima visita pra ver, por um outro ângulo, que o Rio de Janeiro continua lindo.

*Se for aos finais de semana, é recomendável reservar! Ah, e vale considerar que o serviço não é muito rápido – mas, pelo menos, dá pra curtir a vista enquanto seus pratos demoram a chegar!

*End. Rua Aprazível, 62 • Santa Teresa • Tel: 21 2508-9174.

Giverny: os jardins de Monet

Para quem já tiver conhecido todo o básico de Paris e tiver mais um dia por lá (uma manhã sobrando já resolve!), sobretudo na primavera, vale a pena fazer este passeio até Giverny, para conhecer a casa onde Claude Monet morou em 1883 até sua morte, em 1926 e conhecer os jardins que tanto inspiraram as suas obras.

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Os trens saem de Paris da Gare St.-Lazare e vão a Vernon (nas plataformas, procure por “Rouen”, o destino final). Quando fui, em 2010, custava menos de 15 euros cada trecho. Os trens saem de duas em duas horas e acho que o primeiro (às 08h20) é o melhor pra quem tiver pique, por poder fazer a visita sem tanta gente para atrapalhar suas fotos! Para consultar horários e preços, veja o site da Voyages-SNFC. É possível comprar online.

Em Vernon, pega-se um ônibus que sai do mesmo quarteirão da própria estação de trem (ao sair, é só seguir as pegadas no chão que indicam o caminho ao ônibus) e demora 10 minutinhos até chegar em Giverny (quando fui, esta passagem custava quatro euros) – há a opção de ir de bicicleta ou com um trenzinho também.

Comprei o ticket para a visita no próprio dia – para os mais organizados, pode-se comprar com antecedência pela internet.

obs Maíra: eu fui no trem das 08:20 e, não sei se por ser a primeira semana de setembro, ainda bem perto do fim das férias europeias, o lugar estava lo-ta-do de excursões. Por esse lado, valeu muito a pena ter comprado o ticket pela internet. 

O local é constituído de basicamente 3 pontos principais de visitação: a casa em si, o jardim das flores e o jardim das ninféas, onde estão as famosas pontes e lagos que tanto apareceram nos quadros de Monet.

Caso opte pelo trem das 08:20 (o local abre às 09:30), uma ótima estratégia é comprar o ticket pela internet (assim você fura a fila) e logo que entrar partir em direção ao jardim das ninféas. Assim você consegue conhecer o lugar mais concorrido com calma e sem tanta gente para estragar suas fotos.

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Os jardins das ninféas são lindíssimos e impossível não lembrar os famosos quadros do pintor. Parece, na verdade, que estamos dentro de um deles.

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Depois disso, dá para voltar com calma para o jardim das flores e apreciar todos os detalhes.

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Jardim das Flores

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Não é possível bater fotos dentro da casa onde Monet morou e onde estão expostos alguns dos seus objetos pessoais. Mas, de toda forma, a atração principal é no exterior.

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obs Maíra: visitei em 2015 e já era possível tirar fotos do interior, desde que sem flash. Há algumas obras do pintor dentro da casa também. 

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Quando saí dos jardins, aproveitei para conhecer o museu do impressionismo que fica ao lado da Casa do Monet e almocei em um dos restaurantes da região com mesinhas ao ar livre antes de pegar o ônibus de volta à estação. Uma delícia de programa, para quem estiver com tempo.

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A cidade gracinha de Giverny

Só um último detalhe: a casa fica fechada no inverno (dezembro a março). Para mais informações, visite o site oficial. Apesar de achar que a visita vale a pena para todo mundo, para os fãs de Monet é ainda mais imperdível.

obs Maíra: depois da visita a Giverny vale muito apena revisitar ou conhecer o Museu L’Orangerie, em Paris. Ali esttá um conjunto de painéis de Monet, denominados Les Nymphéas. A obra, que fica em duas salas ovais, é maravilhosa e inspirada nos jardins de Giverny. 

Dia dos Mortos no México!

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Acho que não deve ter melhor época para visitar o México do que no feriado do Dia dos Mortos, celebrado entre 31 de outubro a 02 de novembro, quando o país entra em uma verdadeira festa.

Conforme a tradição popular, no dia 01 de novembro, as crianças falecidas visitam os seus entes queridos e, no dia seguinte, é a vez dos mortos adultos ganharem a autorização para vir ao nosso mundo. Assim, as famílias preparam altares em homenagem àqueles que já partiram: compram as comidas e bebidas que eles gostavam, colocam um porta-retrato ou quaisquer objetos que remetam ao seu parente querido. E o fazem tanto dentro de suas próprias casas como nas ruas.

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Nas ruas, aliás, quando fomos em 2012, conhecemos uma mulher que tinha perdido a melhor amiga há menos de uma semana e decidiu fazer um altar em seu nome. Ao invés de ficar em casa lamentando e chorando (como eu faria!), resolveu fazer aquela homenagem – uma forma de celebrar sua amiga e poder falar o quão boa ela era para os outros. Incrível. Uma bela lição de como lidar com a dor da perda.

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Nas ruas, além do aspecto pessoal, os altares também ganham uma conotação política: fazem referência à morte da ecologia, da democracia, da justiça, ao consumismo exacerbado e por aí vai. Há altares para todos os gostos!

Relembrando todos que morreram em função da bebida…

“morte da democracia”: aspecto político também presente na celebração do dia dos mortos

família toda reunida nesta mesa meio macabra!

 Pelo que li, Oxaca é uma das melhores cidades para conhecer a celebração do dia dos mortos. Na Cidade do México, o bairro de San Andres Mixquic é um dos mais tradicionais para celebrar a data, e seus cemitérios ficam cheios de pessoas, comidas e música – mas fica a três horas de distância do centro. Falam também da comemoração em Xochimilco, outro bairro um pouco afastado do centro, no qual ficam as “trajineiras” (uns barcos típicos da região). Acabamos indo conhecer esta parte da cidade de dia, e não tinha tanta festa como deve ter a noite. Mas é fato que qualquer lugar que você vá, vai haver uma referência à data.

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Uma figura típica da festa e que aparece também por todos os lados é a Catrina, o esqueleto de uma dama da alta sociedade que simboliza a morte – e ela aparece toda enfeitada, com mil adornos. Uma bela versão da “dona morte”!

La Catrina em várias versões

ninguém resiste a bater uma foto com La Catrina!

E a comemoração se parece um pouco com o nosso carnaval, com a diferença de que a fantasia é sempre de temas macabros! Mas todo mundo sai pintado como caveiras e fantasiado como mortos – crianças e adultos entram na brincadeira. E, à noite, nossa diversão foi ir ao Zócalo (Praça da Constituição), centro histórico da cidade, para ficar vendo as fantasias mais bizarras ou mais criativas.

a menina levou a sério a fantasia!rs

casal fofo passeando no Zócalo

cenas assim são até normais no Dia de los Muertos!

Por todos estes motivos que fazem da celebração do dia dos mortos algo tão típico da cultura mexicana e tão peculiar que a tradição foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. E, realmente, tanto pela festa, quando pelo choque de cultura, eu adorei ter conhecido um pouco do México especialmente neste feriado.

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Sintra

Sintra não é só mais uma daquelas charmosas cidadeszinhas portuguesas, nas quais é uma delícia se perder nas suas ruelas e tomar uma taça de vinho aqui e comer uma sobremesa acolá (aqui, no caso, o doce mais renomado é o “travesseiro” da Piriquita). Sintra conta com diversas atrações e com construções que impressionam pela grandiosidade e pela beleza (horários e preços aqui). Está a cerca de 40 minutos de trem de Lisboa, e a passagem custa menos de três euros! Ou seja, um programa de um dia – ou mais, para quem tiver tempo sobrando – imperdível. Fui em novembro de 2013 e recomendo!

Obs. Maíra: o trajeto de trem é feito pela CP e o número do ônibus que passa pelas principais atrações em Sintra é o 434.  A Piriquita fica numa travessa que sai da praça do Palácio Nacional. 

Saindo da estação de trem à direita, já é possível pegar o ônibus turístico (daqueles que você pode pegar e descer o dia todo e paga uma só passagem) que passa em frente a uns dos principais pontos de Sintra: Palácio Nacional, Castelo dos Mouros e Palácio da Pena. Nós fomos andando até o centro – pra aproveitar e ver umas esculturas neste caminho!- e pegamos este ônibus lá.

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Deixamos passar o Palácio Nacional e fomos direto ao Castelo dos Mouros (compramos o ticket combinado do Castelo + Palácio da Pena). Na verdade, não se trata mais de um castelo, mas das ruínas que sobraram dessa edificação feita pelos árabes no século VIII. Além da própria construção que impressiona, a vista que se tem da cidade é incrível.

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obs. Maíra: o Palácio Nacional não atrai muito por fora, porque – pelo menos quando fui – estava meio detonado. Por dentro, o mais interessante são as salas com azulejos e a cozinha, com a chaminé e alguns utensílios da época. A visita, na minha opinião, não é imperdível. Da praça do palácio, dá pra ver o Castelo dos Mouros em cima da montanha.

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Depois, fomos ao Palácio da Pena, declarado Patrimônio mundial pela Unesco. Por dentro, os móveis são mantidos como eram utilizados pela família real. Mas é por fora que está o seu maior charme: a construção segue o estilo romântico do século XIX e encanta pelas cores fortes. Pra completar o ambiente, ao seu redor estão mais de 200 hectares de jardins. Uma das construções mais bonitas que conheci em todo Portugal!

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De ônibus, voltamos para almoçar em um dos restaurantes no centro histórico. Uma opção para quem quiser comer bem – mas um pouco cara – é o Café Paris. Depois, fomos a pé até a Quinta da Regaleira, um lugar um tanto peculiar que, além do palácio, conta com capelas, lagos e estátuas espalhadas nos imensos jardins – além de tuneis, poços e, dizem, diversos símbolos maçons espalhados. No mínimo, interessante!

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Embora seja possível conhecer Sintra em um bate e volta de Lisboa, como não iríamos voltar pra lá – mas seguir viagem para o norte de Portugal – , optamos por passar a noite na cidade. Contudo, depois das seis, sete da noite, fica tudo meio deserto e são poucas as opções de restaurantes abertos (a melhor opção é, com certeza, ir embora no mesmo dia!).  Mas até isso foi compensado pela vista incrível que tivemos no café da manhã do hotel em que ficamos.

obs. Maíra: como estava com a minha mãe, optamos por pegar um carro particular com motorista, que nos levou pra Sintra. Fechamos direto com a recepção do hotel e nos custou EUR70,00 (novembro de 2012) para o dia todo. Aproveitamos que estávamos de carro e passamos na ida pelo Cabo da Roca (ponto mais ocidental a Europa) e, na volta, pela Boca do Inferno (essa só vale a pena se não for dedicar um dia ou uma tarde inteiros a Cascais). A vantagem de estar de carro é que você não precisa ficar preso aos horários do trem/ônibus. A desvantagem é que fica (muito!) mais caro: EUR35,00 por pessoa x aprox. EUR8,00 de trem + ônibus.

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Boca do Inferno

Obs. Maíra: no programa, dá pra tentar incluir, ainda, uma visita ao Palácio de Queluz (palácio de verão da família real portuguesa) , mas não fomos porque achamos que ficaria corrido. Se for incluir no seu roteiro, o trem Lisboa-Sintra faz uma parada na estação Queluz-Belas (a +/- 1km do local).  

Pokhara

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De Chitwan, eu e o guia da agência que havia contratado pegamos um ônibus que, num calor absurdo, nos levaria em cinco horas até Pokhara, de onde partiríamos para iniciar meu trekking (faria o Ghorepani Poon Hill Trek, até o pé do Himalaia).

Pokhara é cidade base para diversos trekkings e, por isso, além de ser bastante cheia de turistas, é repleta de lojas vendendo e alugando tudo que fosse preciso para quem fosse fazer o esporte. Há, também, diversas agências que oferecem os pacotes para o trekking. Mas tudo isso com uma tranquilidade bem diferente do caos de Kathmandu.

O passeio mais típico da cidade é pegar uma canoa e ia até o templo Barahi, no meio do lago Phewa, o segundo maior do Nepal. Mas, pra mim, o melhor não era nem chegar ao templo; era poder olhar para o lado e ver o Himalaia despontando por detrás das montanhas.

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Depois, é praticamente obrigatório o passeio de canoa até a outra margem do rio, onde começa a trilha até o topo de uma montanha onde está a “World Peace Pagoda” – uma estupa feita para disseminar a paz mundial e que fica a mais de mil metros de altura. Mas a vista que se tem lá de cima é recompensadora.

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A cidade conta também com vários restaurantes (que servem peixes ótimos) e, como no resto do Nepal, a um preço ainda melhor – gastava, em média, o equivalente a seis dólares em uma refeição.

um dos restaurantes a beira do lago

Restaurante T’hic T’hak em Pokhara: refeição completa por 6 dólares

 Fiquei hospedada no hotel Lake Star. Mas não gostei. Primeiro porque fiquei no 6º andar e não tinha elevador. Ele também não era tão perto assim do centro (uns 15 minutos a pé – mas a noite, ficava bem escuro e fazia a distância se tornar um inconveniente) e limpeza também não era seu ponto forte. Mas, o pior ainda foi o gerente – mas aí acho que foi um “bônus” por eu estar sozinha e ser mulher: tinha que ouvir cantadas sem graça e risadinhas desnecessárias. Mas um ponto favorável (pra não ser injusta!rs) – o hotel contava com gerador e, considerando que a luz na cidade acabava diversas vezes, era um fator importante.

o hotel em que fiquei…e que não recomendo!

Mas, infelizmente, minha única tristeza com Pohkara não se limitou ao hotel. No segundo dia em que estava lá, começou uma greve geral no país, por uma questão política em torno da mudança da Constituição. Os ônibus e carros pararam de circular e todas as lojas fecharam – só conseguia almoçar em restaurantes funcionando a meia luz para não chamar atenção. Achei que só teria que adiar o início do trekking por um dia – mas a greve durou três.

Até outras atrações da cidade, com a cachoeira conhecida como Pokhara Devi’s Fall Nepal estavam com o acesso interditado. Consegui alugar uma bicicleta de uma menina local para conhecer melhor a região, mas a parte mais bonita era em torno do rio; mais para o interior da cidade, era só pobreza e muita sujeira.

a pobreza e sujeira no caminho de volta à Kathmandu

Quando a greve encerrou, apesar de ainda admirada com as paisagens da região, eu tinha começado a ficar um pouco decepcionada com o Nepal e preocupada com a possibilidade de a greve voltar nos próximos dias e eu, quando precisasse, sequer conseguir chegar ao aeroporto por falta de transporte. Desisti do trekking e decidi ir embora do país. Voltei para Kathmandu (mais seis horas sofríveis de ônibus pra atravessar uma distância de cerca de 200km) e alterei, com muito custo, meu voo de volta para a Europa. O final da minha viagem, infelizmente, não foi como eu esperava – mas tudo bem, fica a desculpa de um dia voltar e fazer o trekking que eu não fiz.

Final da tarde em Pokhara

Um pequeno pedaço do Caminho de Santiago de Compostela

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Eu sempre tive interesse pelo Caminho de Santiago, mas sempre me faltava alguma oportunidade para fazê-lo. No ano passado, como já estaria no norte de Portugal, me ocorreu a ideia… não teria tempo de fazer o trajeto completo, mas por que não fazê-lo do meu jeito, ainda que só um pedaço? Afinal, não existe um só caminho – único é apenas o ponto de chegada, mas não a partida.

E aqui cabe só pontuar que são três as possíveis origens pra o Caminho de Santiago: o original, partindo da França; outro pela Espanha e o menor, de Portugal. Neste, a ideia original é partir da cidade do Porto e demora cerca de 10 dias. Usei este site aqui para poder ter uma ideia do cronograma e saber em quais cidades passaria a noite e do qual copiei o cronograma abaixo:

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Como só seriam 03 dias de caminhada (em torno de 20, 25km/dia), não teria direito ao certificado oficial de peregrino – que só são dados àqueles que caminham, no mínimo 100km à pé ou 300 de bicicleta (é preciso ir carimbando nos locais pelo caminho para comprovar quando chegar em Santiago). Mas não me importei.

Um problema de não ter o certificado é não poder ficar nos albergues no caminho – gratuitos, na maioria dos casos, e se pede apenas uma contribuição. Mas, de qualquer forma, acho que, mesmo se pudesse, não optaria por esta forma de hospedagem, porque já estava levando minha mochila com o básico do que ia precisar e não queria o peso de levar também tolha e roupa de cama! Qualquer peso extra já é um sacrifício no final do dia. E, além disso, queria poder ter o conforto de um hotel com tudo arrumado quando chegasse destruída da caminhada.

Afinal, ainda que fosse caminhar pouco tempo perto de quem faz o caminho completo, pra mim, acostumada só com 30 minutos na esteira da academia, o esforço era muito! Também por isso, levei um kit providencial com esparadrapo, bandaid, dorflex e talco (tinha lido que era bom pra evitar qualquer atrito e possíveis bolhas no pé), além de várias barras de proteína pra comer no caminho.

Assim, peguei um ônibus e fui direto à Pontevedra, uma cidade muito charmosa já na Espanha (apesar de começar na Espanha, o caminho que fiz faz parte do trajeto da rota portuguesa), onde fiquei no hotel Ruas (razoável, nada demais, mas bem localizado). Queria ter ido antes só pra aproveitar a cidade e conhecer os vários bares e restaurantes da região, mas não consegui.

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Como ia sozinha, tinha imprimido diversos mapas com medo de me perder no caminho, mas, sinceramente, eles foram de pouca valia – no meio de diversas plantações de uva, matas, riachos e ovelhas, os mapas não indicavam para onde eu tinha que ir, apenas davam, de vez em quando, uma noção de quantas cidadeszinhas ainda faltavam… A única coisa que eu realmente podia me apegar era nas setas amarelas ou nas conchas (símbolo do Caminho), pintadas nas paredes, nas casas, no chão. E elas efetivamente pontuaram toda minha trajetória. A alegria de ver uma seta quando eu não sabia se tinha que ir para a direita ou a esquerda era imensa.

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De Pontevedra caminhei durante cerca de quatro horas seguidas à Calda de Reis, outra cidade simpática, mas beeem menor. Meu hotel, Balneario Acuña, era literalmente no meio do Caminho. Não precisei desviar nem um metro para encontra-lo! E principalmente por isso o indico para quem tiver fazendo a peregrinação. Ao lado do hotel, tinha um restaurante simples, mas com wi fi e fiquei lá praticamente o resto da tarde admirando a paisagem e me recuperando.

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No dia seguinte, caminhei umas quatro, cinco horas direto até a cidade Padrón. Infelizmente, não posso falar da cidade, porque meu hotel (do qual me arrependi muito de ter ficado), era afastado do centro uns 3km e no meio da estrada. A decepção de chegar na cidade mas ainda não no hotel – pra poder tirar o tênis imediatamente! – , pra mim foi tão frustrante que nem consegui reconhecer que as acomodações eram até boas (pra deixar registrado: chama-se Hotel Scala).

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No último dia, forrei meu pé com esparadrapo e, já sentindo algumas bolhas no pé, parti para o destino final. Peguei chuva todos os dias, mas neste último a chuva engrossou e dificultou bastante o trajeto. Tinha levado um casaco impermeável (indispensável), capa para a mochila (também imprescindível!), mas mesmo assim a situação estava feia.  Foram as piores horas de caminhada (eram várias subidas e descidas) que, claro, juntou com a expectativa da chegada.

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Aqui cabe fazer uma observação: fui em novembro, numa época pouco aconselhável – além da chuva, as paisagens não estão tão bonitas e o pior: não tinha praticamente ninguém no caminho. Vi pessoas locais, um ou outro peregrino de bicicleta, mas ninguém a pé pra fazer companhia ou dar aquele apoio moral! Até tinha visto um casal de peregrinos no café da manhã de um dos hotéis, mas, no caminho mesmo, ninguém! Caminhava horas sem ver uma única pessoa, até aparecer um bar ou um mini mercado pra poder comprar mais água ou algum isotônico. Se tivesse outra opção de data, com certeza, não iria no inverno!

Entrei em Santiago longe da Catedral – ponto final da peregrinação – e já na cidade, não conseguia mais achar as setas amarelas e tive que ir pedindo informação a cada esquina para poder chegar. Quando finalmente alcancei a igreja, a chuva aumentou tanto que sequer consegui bater uma foto daquele momento que achei que seria o mais importante – tinha imaginado uma chegada quase triunfal e que, além da foto, teria alguém pra abraçar ou pra me dar parabéns pelo meu mini trajeto (aí eu senti por ter ido sozinha).

Subi os degraus da igreja, mas a entrada principal estava fechada. De tão cansada, acho que devo ter demorado uns cinco minutos pra perceber que tinha que entrar pela porta lateral. Mas, quando finalmente consegui sentar na igreja, e enquanto estava me recuperando e agradecendo por tudo e por todos por quais eu tinha decidido fazer a caminhada, eu percebi a dimensão do que ela tinha sido. Independentemente de não ter tido uma chegada tão bonita quanto eu imaginei, a experiência tinha sido única.

Foto do dia seguinte a minha chegada quando a chuva (por pura Lei de Murphy!) deu uma trégua!

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Depois, fui para o meu hotel que, apesar de bem localizado, era numa rua tão pequena que demorei pra encontra-lo. Sabia que era bem simples, mas não tinha percebido que, para o meu desespero, não tinha elevador (eu fiquei no 2º andar, mas as escadas naquele momento me pareciam intermináveis).

No dia seguinte era domingo e ao meio dia acontece sempre a missa especial dos peregrinos. O padre homenageia cada um deles pelo seu país de origem, falando de onde vieram e o quanto caminharam. Foi somente neste momento que me doeu um pouco não ter tido o certificado: naquele dia não havia nenhum vindo do Brasil e a minha caminhada não contava pra eles.

Mesmo ainda cansada, saí para passear pelas ruelas de Santiago que, seja fazendo ou não o Caminho, também valem muito a pena de serem conhecidas. E ali era mesmo o melhor lugar pra me recuperar: com um bom vinho e desfrutando da deliciosa culinária galega.

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Aveiro: programa de um dia!

Aveiro é uma daquelas cidades que decidimos parar só porque estava no caminho entre Coimbra e Porto, nosso destino final, mas se mostrou uma boa surpresa! A cidade é conhecida como a “Veneza Portuguesa” em função dos moliceiros – barcos que eram usados originalmente para pesca e são decorados com motivos festivos, meio pornográficos ou cômicos.

“ai ai se te pego” : Michel Teló também aparece nos moliceiros!!!rs

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Embora possa parecer pequenininha, a cidade engana: conta com a Universidade de Aveiro, bem conceituada em Portugal (e que, aliás, concedeu o título de doutor honoris causa ao nosso Gilberto Gil!) e com um shopping a céu aberto com diversas marcas renomadas. Mas, claro, a atração principal e imperdível é passear de moliceiro! O passeio demora em torno de 45 minutos, durante os quais o remador vai apresentando os monumentos, as salinas que ainda são utilizadas e contando um pouco da história da cidade.

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Na Praça do Peixe são diversas opções de bares e restaurante, como o delicioso O Batel, que acabamos escolhendo. E, por falar em comida, outra atração da cidade (mas que eu não gostei tanto assim!) é o ovo mole, sobremesa típica da região.

eu me deliciando no restaurante O Batel!

Nós passamos uma noite lá, no hotel Aveiro Palace (muito bom!) e no dia seguinte, pegamos o trem e seguimos para Porto, felizes em descobrir a charmosa Veneza de Portugal.

Uma última observação: há trens saindo de Coimbra e Porto, e a viagem demora em torno de uma hora. É uma boa opção para um passeio de um dia! Consulte preços e horários no site da empresa Comboios de Portugal.