Caminho de Santiago – Minha Experiência Pelo Caminho Francês

Obs.: Post sobre o Caminho Francês. Há post sobre o Caminho Português aqui

Segundo o cristianismo, São Tiago era um apóstolo de Jesus que escolheu as terras hispanas para a evangelização, mas que retornou a Jerusalém, onde morreu nas mãos de Herodes. Durante a noite, dois de seus discípulos depositaram seus restos mortais em um barco, que foi guiado por um anjo , parando junto a um antigo cemitério. Seu corpo ficou oculto até que, no início do século IX, uma luz indicou a um eremita o local do túmulo, que passou a ser conhecido nos textos medievais como Campus Stellae, termo que mais tarde daria origem à denominação Compostela.

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Ponte medieval no caminho

Foi o Rei Afonso II quem mandou construir uma capela em honra do apóstolo, proclamando-o padroeiro e guardião de todo o seu reino.

O deslocamento dos peregrinos até Santiago de Compostela acabou por favorecer o desenvolvimento de diversas cidadezinhas medievais ao longo da rota, a maioria das quais conserva a arquitetura original até hoje. Continue reading

O Básico de Madri

** Esse post faz parte da série Europa em 20 Dias.

Nosso giro de 20 dias pela Europa começou por Madrid e, por pura opção (não é minha cidade preferida), foi a cidade grande que ganhou menos tempo do nosso roteiro.

Chegamos em Madrid às 9:00am e já partimos em direção à Puerta del Sol, região em que ficava nosso hostel. Chamava Hostal Olivier, mas as instalações eram realmente beeeem simples, como era só por uma noite, não quisemos investir tanto $.  Continue reading

Barcelona, a cidade de Gaudí.

** Esse post faz parte da série Europa em 20 Dias.

Barcelona é a capital catalã da Espanha e o dialeto falado pelos habitantes é por muitas vezes difícil de entender. A fama da cidade deve-se principalmente a Gaudí, mas os jogos olímpicos realizados em 1992 também trouxeram bastante visibilidade. BBarcelona é uma cidade única, que não se parece com qualquer outra da Europa.

Nós passamos dois dias por lá. Chegamos em um trem noturno vindo de Madrid às 07:30am.  Continue reading

Ibiza – A Ilha das Praias Paradisíacas e da Diversão

Na última semana de agosto desse ano, embarquei em direção à Ibiza com um grupo de amigos. Apesar de julho e agosto serem o auge da temporada e da lotação, em setembro algumas festas já deixam de funcionar e nosso intuito era aproveitar o máximo da ilha.

Já aviso que, se você procura jet setters, segundo Vogues e Condé Nasts da vida, a ilha perdeu o posto para sua vizinha Maiorca. Há também quem fale que Ibiza é brega, independentemente da grande quantidade de endinheirados que ainda circula por lá. Não discordo totalmente, mas quem se importa com isso quando se está diante de praias paradisíacas e de tanta animação?

Chegamos num sábado e fomos embora no domingo da outra semana, então deu para curtir bastante o lugar. Não vou dividir o post pelo roteiro que fizemos, porque, como a programação é basicamente praia/restaurante/balada, cada um pode montá-lo do jeito que achar melhor.

PRAIAS/BEACH CLUBS

** todas as fotos das praias estão sem filtro, para passar o máximo da realidade. Entretanto, pessoalmente elas são ainda mais lindas. 

** as chamadas calas são praias menores, que ficam entre duas montanhas, enquanto as praias são mais extensas.

Na hora de decidir pela sua praia em Ibiza, você precisa fazer uma escolha entre conforto e (mais ou menos) beleza. Isso porque, na minha opinião, as praias mais lindas são as que tem menos estrutura. Não me entenda mal: TODAS são lindas, não fui a nenhuma praia feia, mas aquelas de cair o queixo geralmente tem só um barzinho ou restaurante pra não te deixar morrer de sede.

Cala Jondal

Na Cala Jondal fica o beach club que eu acho o mais gostoso de Ibiza. O Blue Marlin tem camas branquinhas espalhadas pela areia, um restaurante bem gostoso e DJ tocando música durante todo o dia. Se quiser, dá para ficar lá até tarde da noite aproveitando. Quanto mais se aproxima o final da tarde, mais animado o lugar vai ficando. Se for em alta temporada, recomendo fazer reserva.

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A entrada da praia para o mar (super azul) é toda de pedras, então eles montaram um deck para você descer direto na água. Não se cobra pela utilização da cama em si, mas há uma consumação mínima de 50 euros por pessoa, que pode ser utilizada em comida, bebidas e no guarda-sol (que custa mais 10 euros). É carinho, mas vale a pena. De todos os beach clubs que fomos, esse é o de melhor estrutura.

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Além do Blue Marlin, a praia tem outros dois beach clubs: o Tropicana e o Yemanjá. Mas eu acho que a praia vale mesmo pelo Blue Marlin, se não fosse para ficar nele, escolheria outra mais bonita.

Praia Es Cavallet

Nessa praia, fica outro beach club bem gostoso, o El Chiringuito. Achei um esquema mais sussa que o Blue Marlin. A praia é de areia e as camas ficam espalhadas por ela. Para usá-las, é necessário pagar (pelo o que lembro, 30 euros por duas camas e um guarda-sol).

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No restaurante, não há consumação mínima, você paga só pelo o que pedir. O serviço de praia é excelente, com garçons hiper simpáticos (nesse quesito, dá de 10 nos atendentes do Blue Marlin). A única coisa ruim que achei é que o som do DJ não chega nas camas que estão de frente para o mar.

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Caminhando até o final da praia, vimos o Chiringay. Não sei se é da mesma cadeia do El Chiringuito, mas o beach club pareceu bem bonitinho. Como o próprio nome sugere, é voltado ao público gay.

Salinas

A praia de Salinas é conhecida pelos muitos restaurantes à beira-mar que oferecem serviço de praia. O mais famoso deles é o Sa Trinxa, onde toca uma música bem gostosa. Além disso, ao longo de toda a extensa faixa de areia, há camas e guarda-sóis públicos, que podem ser alugados (9 euros a cama + 9 o guarda-sol).

Embora a grande maioria das pessoas se aglomere em frente ao Sa Trinxa, a entrada para o mar em frente ao restaurante é toda de pedras, o que eles contornaram colocando um deck. Um pouco mais para a direita de quem olha para o mar, há um pedaço sem restaurantes, com uma água super azul e transparente. Você anda por muitos metros mar a dentro e a água continua batendo do joelho. É meu lugar preferido. Embora ali fiquem vários nudistas, você pode ficar tranquilamente de biquíni.

Mas a melhor dica de Salinas é fazer uma trilha que sai do final da praia, do lado esquerdo de quem olha para o mar. Durante todo o percurso, você é acompanhando por vistas maravilhosas daquela água azul e no caminho surgem várias micro praias. Se der sorte de encontrar uma vazia, você pode ter a sua praia particular.

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Vista da trilha de Salinas

Cala D’en Serra

Essa praia é super pequeninha, com um mar em tons de azul e verde lindo demais! Da estrada, já se descortina uma vista que te faz querer chegar correndo.

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Cala D’en Serra vista de cima

Não há nenhum beach club, só um barzinho na parte de cima. Se chegar cedo, é possível alugar guarda-sol e camas com um tio local.

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Cala D’En Serra vista do mar. Pequenininha.

Dentro do mar, a água é de um verde inacreditável.

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Vale a pena incluir no seu roteiro!

Cala Conta ou Cala Comte

Para mim, a praia mais bonita de Ibiza. A cor do mar vista de cima do estacionamento é maravilhosa, um azul vivo que parece feito no photoshop.

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Cala Conta. Que cor de mar é essa?

O problema é que todo mundo acha ela linda e a faixa de areia é pequena. Resultado: fica lo-ta-da. Nós chegamos tarde e nem arriscamos descer para a areia. Ficamos em uma parte de pedras que fica logo abaixo do estacionamento, sem guarda-sol nem nada. A praia não tem muita estrutura, só um restaurante na parte de cima.

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Faixa de areia de Cala Conta.

Dentro do mar, a água é completamente transparente e dá vontade de ficar nadando horas.

Cala D’Hort

Outra praia linda da ilha e cheia. Em julho e agosto, não tem como fugir muito da superlotação das praias, a menos que você abra o bolso e alugue um barco.

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Cala D’Hort.

A praia é dividida em duas faixas de areia. No meio, fica um restaurante, com uma faixa de areia na frente e várias pedras na entrada para o mar. Em razão de não ter areia até a entrada do mar, essa parte fica um pouco mais vazia e optamos por alugar camas e guarda-sol ali. Como o restaurante não tem serviço de praia – é necessário entrar para comprar – ficar perto dele também ajudou bastante.

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Parte da frente do restaurante.

Para a vista panorâmica, vale a pena entrar no estacionamento que fica em cima do morro.

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Cala D’Hort de cima.

Cala Salada e Ses Fontanettes

Ses Fontanettes é de cair o queixo. Uma água verde, clara e transparente. Não dá para explicar, só vendo a foto abaixo.

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Ses Fontanettes da trilha de pedras. Juro que não tem filtro!

Ao lado dela está Cala Salada, que também é linda, embora compará-la com o mar de Ses Fontanettes seja covardia. O que divide as duas prais é uma trilha por cima de um morrinho de pedras, um pouco complicada de fazer, principalmente se você estiver de chinelo molhado. Se não quiser passar esse perrengue, chegando pela estrada há placas indicando a direção das duas. Você pode parar o carro perto de Cala Salada ou de Ses Fontanettes e já chegar direto na faixa de areia pretendida.

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Apesar da maravilha que são, as praias apresentam um grande problema: são lotadas, mas muito lotadas mesmo!! Arrumar vaga é uma guerra, as motos brigam com os carros, os carros brigam entre si e etc. Nós chegamos super tarde porque no dia anterior tínhamos ido à Pacha e o caos já estava instaurado. Resultado: deixamos nossas coisas na parte de pedra que liga as duas praias, descemos para dar um mergulho no mar pelas pedras mesmo e depois partimos para outra praia, porque não ia rolar ficar na areia com aquela muvuca.

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Aproveitando o mar de Cala Salada.

Apesar dos pesares, a praia é muito linda, eu não deixaria de conhecer. Reserve um dia que não tenha feito balada no dia anterior e chegue cedo: a experiência deve ser infinitamente melhor.

Praia Benirras

Depois da tentativa frustrada de Cala Salada/Ses Fontanettes, partimos em direção à Praia Benirras. Essa praia dificilmente fica lotada e é uma boa opção para quem acordou mega tarde e já sabe que não vai conseguir cadeiras em nenhuma outra praia. Outro ponto positivo é que ela tem a cama/guarda-sol mais em conta que encontramos pela viagem: 5 euros cada item.

A razão da pouca lotação, além do fato de ela não ser tão conhecida, é que a praia é inteira de pedrinhas. Não pedras de mar, mas aquelas pedrinhas de estacionamento de carro heheheh. Brincamos que estávamos tomando sol no estacionamento da balada.

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Benirras

Apesar disso, a cor do mar é bem bonita e há vários restaurantes que, embora não tenham serviço de praia, são bem convidativos para um almoço. Se quiser comer no seu guarda-sol, tem um pizzaria que monta a pizza para levar.

Na parte de praias, ainda há Formentera, mas como é uma ilha separada, farei um post exclusivo para ela.

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Formentera

RESTAURANTES

Lio

Como sou ansiosa, não vou aguentar não começar a parte de restaurantes com o mais legal que já fui na vida! Em termos de viagem, não gosto de falar “tem que fazer isso“, mas com o Lio é difícil não cair nessa tentação.

O lugar é um restaurante, um club e um cabaré, tudo junto. A comida é ótima. Todas as pessoas da nossa mesa amaram os pratos. Minha amiga, que é de família portuguesa, pediu um bacalhau e disse que foi o melhor da vida dela. Ouvi o mesmo comentário da mulher da mesa do lado, que dava gritos de felicidade toda vez que colocava o bacalhau na boca. Não comi, mas acredito que deva ser bom mesmo.

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Apesar da comida ser excelente, ela fica em segundo plano. Isso porque, durante toda a noite, acontecem mini shows muito legais. Não vou ficar contando tudo aqui, porque o melhor do restaurante é a experiência e não quero estragar a surpresa.

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Ah, só mais um elogio: ele fica na marina e tem um vista linda para o forte antigo, que fica todo iluminado à noite.

Como são várias atrações ao longo do jantar, todo mundo quer ficar até o final, então as mesas não têm rotatividade. A consequência é que é imprescindível fazer reserva. Quando for fazer a sua, pergunte se pode ficar em uma mesa em frente ao palco. Em alguns shows, os artistas interagem com a platéia.

O restaurante é mais arrumadinho e meninos não podem entrar de bermuda. Vá preparado: o preço dos pratos varia de 60 a 100 euros, mas garanto que vai valer a pena!

KM 5

O Km5 é um restaurante-baladinha. Na parte de dentro ficam as mesas e, na parte aberta de fora, ficam alguns lounges, com DJ tocando. Mais para dentro do restaurante, ainda há uma pista de dança. A comida é gostosa e o lugar tem muita gente bonita.

Café del Mar

O Café del Mar é uma instituição de Ibiza, embora, na minha opinião, tenha mais fama do que qualidade. O lugar é famoso para ver o pôr-do-sol. Fica bem cheio no final da tarde e tem um DJ tocando, que vai noite a dentro. Lá, também acontecem algumas pre-parties das baladas, como a da Flower Power da Pacha, às terças-feiras.

Além desses restaurantes, tínhamos as seguintes indicações, mas não fomos a nenhum: Aura, Ocho, Bambudah Grrove, Supper Club, Can Curreau, Sa Capella, El Ayoun. Repasso as dicas porque são de um cara que vai para Ibiza há 12 anos e nos demos bem em todas as indicações que seguimos dele.

Também acho gostosinho jantar algum dia em algum dos restaurantes que ficam entre o porto e a cidade velha, onde há várias ruazinhas de pedestres. São vários, todos com mesinhas na calçada, é só escolher um que chame mais a sua atenção.

BALADAS

Uma dúvida bem comum de quem está programando uma viagem para Ibiza é com que roupa ir para as baladas. A resposta é sempre “dá de tudo” e é a mais verdadeira possível. Entretanto, como sei que isso não satisfaz tanto a curiosidade feminina, aqui vão alguns detalhes extras.

Nas baladas a céu aberto, recomendo fortemente ir sem salto, com uma roupa relax. No Ushuaia, por exemplo, que começava ainda de dia, tinha gente até de biquíni e saída de praia. Acho que uma saia ou um vestidinho e uma rasteira te deixa bem vestida o suficiente. Não vi ninguém super produzido.

Nas baladas dentro de clubes, que rolam mais à noite, continua dando de tudo. A diferença é que a quantidade de mulheres que apostam no combo vestido justo + saltão é bem maior. Se você for ficar na pista e quiser ir de rasteira, vá na fé: ninguém vai te olhar torto por isso. Até no camarote da Pacha, que tem um povo meio nariz em pé, vi muita gente de rasteira. Se quiser ir de salto, beleza também! A verdade é que ninguém está muito aí para o que o outro está vestindo, o povo quer mesmo é curtir a balada.

Só detalhe para os meninos: dependendo do camarote da balada, não pode entrar de bermuda. Melhor checar antes.

Ushuaia

Eu amei! A balada que rola no hotel de mesmo nome acontece ao redor da piscina, a céu aberto. Nós fomos no dia em que estava tocando Avicii e o lugar estava super cheio. Mesmo assim, não dá aquela sensação desagradável, porque não é fechado. Apesar de lotado, não tivemos nenhum problema para pegar bebidas, era bem rápido.

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A piscina de criança fica aberta e quem já está no grau faz a balada ali mesmo.

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A piscina principal é fechada e são montados alguns palcos para umas amigas dançantes.

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Foi uma delícia e o Avicii tocou muito e animou bastante a pista.

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Pacha

Nós fomos na quinta, quando rola a festa F*** Me I`m Famous, o que é sinônimo de David Guetta e MUITA gente.

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Como já sabíamos que a pista estaria absurdamente cheia, resolvemos abrir a carteira e reservamos a área VIP, que fica em cima da pista. O camarote é ótimo, o pessoal não para de trazer gelo e acompanhamento para as bebidas, não é superlotado e todas as mesas tem uns sofazinhos se quiser sentar para descansar. Apesar de tudo isso, olhando a animação da pista lá embaixo, dá uma vontade de descer curtir com a galera!! O pessoal do camarote até estava animado e tal, mas rola aquele certo esnobismo. Nós descemos por algumas vezes para a pista, mas depois de 15 minutos já estava agradecendo ter o camarote para onde voltar. A pista estava extremamente cheia (a ponto de não conseguir andar) e muito quente!

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Quanto ao David Guetta, achei que a animação da pista foi mais pelo estado de espírito do pessoal do que pela interação dele. As músicas são ótimas, ele toca muito, mas deixa o set lá e fica conversando com o pessoal que está com ele no balcão do DJ. Poucas vezes vi ele interagindo e animando a galera. Mesmo assim, balada foi muito boa!

Guetta

Ibiza Rocks

A balada em si não tem nada demais e nós não teríamos ido se não fosse pelo fato de que ia tocar Fatboy. Podem falar o que quiser, que já foi a época dele e blablablá, mas eu sou fã e acho que ele anima uma pista como ninguém!

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A festa rolou também a céu aberto, na piscina do hotel e o público era 90% inglês. A bebida era infinitamente mais barata que nas outras baladas que fomos, provavelmente porque essa não é uma das tops da ilha. Nós nos divertimos muito! Saí de lá com o pé doendo de tanto pular e arrependida de ter ido de rasteira e não de tênis heheh.

Ibiza tem inúmeras outras baladas além dessas que fomos. Vamos combinar que não temos mais 18 anos e balada todos os dias ia dar uma quebrada rs! As mais famosas são Pacha, Ushuaia, Amnesia, Privilege e Space. A princípio, nós iríamos também na Amnesia, mas o melhor dia era o do Calvin Harris, que caiu também numa quinta, mesmo dia da Pacha.

Antes de ir, vale a pena dar uma olhada no calendário de festas, para ver quais DJs tocarão em cada balada e decidir sua programação. Aqui, o link desse ano – 2014.

IBIZA NA PRATICA

Como Chegar

Para chegar até lá, pegamos um voo Ibéria para Madrid e de Madrid um vôo direto (embora a maioria faça escala em Barcelona) da Vueling a Ibiza. Se quiser, também dá para ir de balsa a partir de Barcelona, mas o custo x benefício não compensa.

** Já postamos no facebook, mas vale repassar por aqui também: na hora de comparar preços, fique atento, porque na tarifa econômica da Ibéria é necessário pagar uma taxa de aproximadamente 30 euros para marcar lugar. Nos não pagamos e marcamos assento direto no guiche, mas não tinha nenhuma janelinha livre.

** Ainda falando em dicas, para qualquer conexão que vá fazer no aeroporto de Madrid, é recomendável deixar uma margem razoável de tempo entre um voo e outro. Uma hora é pouco perto do tamanho do aeroporto e da necessidade de fazer imigração por lá (mesmo que vá a outro pais da Europa). Por duas vezes tive conexão apertada nesse aeroporto e em ambas tive que correr como se não houvesse amanhã rs!!

Onde se Hospedar

Em Ibiza, há dois “centros” principais. O primeiro é o que eles chamam de Cidade de Ibiza, que fica mais perto das baladas e dos restaurantes. O segundo é St Antoni de Portmany, que fica mais próximo das praias mais bonitas.  Aí vai da opção de cada um, mas a grande maioria das pessoas acaba optando pela Cidade de Ibiza.

Como sempre digo, prefiro ficar mais perto do agito durante a noite (embora St Antoni também tenha diversos restaurantes), então ficamos na Cidade de Ibiza. Como estávamos em grupo, optamos por alugar um apartamento via Airbnb, que ficava bem pertinho da Pacha. Vale a pena procurar algo por perto do Porto, que é a área bem central da cidade, turisticamente falando.

Como se Locomover

A ilha de Ibiza é grande e as coisas são bem espalhadas. Por isso, a grande maioria das pessoas opta por alugar um carro/moto e acredito que essa seja realmente a melhor opção.

Só vale a pena ficar esperto com a volta das baladas à noite, porque há várias blitz de lei seca e porque todo mundo acaba exagerando na bebida. Se você não contar com um motorista da rodada, dá para optar por táxi ou ônibus. Os táxis são baratos, mas é difícil encontrar um! Uma boa opção é o Disco Bus, uma linha especial que roda à noite e passa na porta das principais baladas e dos principais hotéis. Custa 3 euros a corrida.

Aqui vai um mapinha com a indicação de todos os pontos citados no post. Para abrir o mapa com os pontos no GMaps, clique aqui.

Mapa

Aproveite e boa viagem!

Um pequeno pedaço do Caminho de Santiago de Compostela

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Eu sempre tive interesse pelo Caminho de Santiago, mas sempre me faltava alguma oportunidade para fazê-lo. No ano passado, como já estaria no norte de Portugal, me ocorreu a ideia… não teria tempo de fazer o trajeto completo, mas por que não fazê-lo do meu jeito, ainda que só um pedaço? Afinal, não existe um só caminho – único é apenas o ponto de chegada, mas não a partida.

E aqui cabe só pontuar que são três as possíveis origens pra o Caminho de Santiago: o original, partindo da França; outro pela Espanha e o menor, de Portugal. Neste, a ideia original é partir da cidade do Porto e demora cerca de 10 dias. Usei este site aqui para poder ter uma ideia do cronograma e saber em quais cidades passaria a noite e do qual copiei o cronograma abaixo:

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Como só seriam 03 dias de caminhada (em torno de 20, 25km/dia), não teria direito ao certificado oficial de peregrino – que só são dados àqueles que caminham, no mínimo 100km à pé ou 300 de bicicleta (é preciso ir carimbando nos locais pelo caminho para comprovar quando chegar em Santiago). Mas não me importei.

Um problema de não ter o certificado é não poder ficar nos albergues no caminho – gratuitos, na maioria dos casos, e se pede apenas uma contribuição. Mas, de qualquer forma, acho que, mesmo se pudesse, não optaria por esta forma de hospedagem, porque já estava levando minha mochila com o básico do que ia precisar e não queria o peso de levar também tolha e roupa de cama! Qualquer peso extra já é um sacrifício no final do dia. E, além disso, queria poder ter o conforto de um hotel com tudo arrumado quando chegasse destruída da caminhada.

Afinal, ainda que fosse caminhar pouco tempo perto de quem faz o caminho completo, pra mim, acostumada só com 30 minutos na esteira da academia, o esforço era muito! Também por isso, levei um kit providencial com esparadrapo, bandaid, dorflex e talco (tinha lido que era bom pra evitar qualquer atrito e possíveis bolhas no pé), além de várias barras de proteína pra comer no caminho.

Assim, peguei um ônibus e fui direto à Pontevedra, uma cidade muito charmosa já na Espanha (apesar de começar na Espanha, o caminho que fiz faz parte do trajeto da rota portuguesa), onde fiquei no hotel Ruas (razoável, nada demais, mas bem localizado). Queria ter ido antes só pra aproveitar a cidade e conhecer os vários bares e restaurantes da região, mas não consegui.

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Como ia sozinha, tinha imprimido diversos mapas com medo de me perder no caminho, mas, sinceramente, eles foram de pouca valia – no meio de diversas plantações de uva, matas, riachos e ovelhas, os mapas não indicavam para onde eu tinha que ir, apenas davam, de vez em quando, uma noção de quantas cidadeszinhas ainda faltavam… A única coisa que eu realmente podia me apegar era nas setas amarelas ou nas conchas (símbolo do Caminho), pintadas nas paredes, nas casas, no chão. E elas efetivamente pontuaram toda minha trajetória. A alegria de ver uma seta quando eu não sabia se tinha que ir para a direita ou a esquerda era imensa.

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De Pontevedra caminhei durante cerca de quatro horas seguidas à Calda de Reis, outra cidade simpática, mas beeem menor. Meu hotel, Balneario Acuña, era literalmente no meio do Caminho. Não precisei desviar nem um metro para encontra-lo! E principalmente por isso o indico para quem tiver fazendo a peregrinação. Ao lado do hotel, tinha um restaurante simples, mas com wi fi e fiquei lá praticamente o resto da tarde admirando a paisagem e me recuperando.

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No dia seguinte, caminhei umas quatro, cinco horas direto até a cidade Padrón. Infelizmente, não posso falar da cidade, porque meu hotel (do qual me arrependi muito de ter ficado), era afastado do centro uns 3km e no meio da estrada. A decepção de chegar na cidade mas ainda não no hotel – pra poder tirar o tênis imediatamente! – , pra mim foi tão frustrante que nem consegui reconhecer que as acomodações eram até boas (pra deixar registrado: chama-se Hotel Scala).

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No último dia, forrei meu pé com esparadrapo e, já sentindo algumas bolhas no pé, parti para o destino final. Peguei chuva todos os dias, mas neste último a chuva engrossou e dificultou bastante o trajeto. Tinha levado um casaco impermeável (indispensável), capa para a mochila (também imprescindível!), mas mesmo assim a situação estava feia.  Foram as piores horas de caminhada (eram várias subidas e descidas) que, claro, juntou com a expectativa da chegada.

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Aqui cabe fazer uma observação: fui em novembro, numa época pouco aconselhável – além da chuva, as paisagens não estão tão bonitas e o pior: não tinha praticamente ninguém no caminho. Vi pessoas locais, um ou outro peregrino de bicicleta, mas ninguém a pé pra fazer companhia ou dar aquele apoio moral! Até tinha visto um casal de peregrinos no café da manhã de um dos hotéis, mas, no caminho mesmo, ninguém! Caminhava horas sem ver uma única pessoa, até aparecer um bar ou um mini mercado pra poder comprar mais água ou algum isotônico. Se tivesse outra opção de data, com certeza, não iria no inverno!

Entrei em Santiago longe da Catedral – ponto final da peregrinação – e já na cidade, não conseguia mais achar as setas amarelas e tive que ir pedindo informação a cada esquina para poder chegar. Quando finalmente alcancei a igreja, a chuva aumentou tanto que sequer consegui bater uma foto daquele momento que achei que seria o mais importante – tinha imaginado uma chegada quase triunfal e que, além da foto, teria alguém pra abraçar ou pra me dar parabéns pelo meu mini trajeto (aí eu senti por ter ido sozinha).

Subi os degraus da igreja, mas a entrada principal estava fechada. De tão cansada, acho que devo ter demorado uns cinco minutos pra perceber que tinha que entrar pela porta lateral. Mas, quando finalmente consegui sentar na igreja, e enquanto estava me recuperando e agradecendo por tudo e por todos por quais eu tinha decidido fazer a caminhada, eu percebi a dimensão do que ela tinha sido. Independentemente de não ter tido uma chegada tão bonita quanto eu imaginei, a experiência tinha sido única.

Foto do dia seguinte a minha chegada quando a chuva (por pura Lei de Murphy!) deu uma trégua!

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Depois, fui para o meu hotel que, apesar de bem localizado, era numa rua tão pequena que demorei pra encontra-lo. Sabia que era bem simples, mas não tinha percebido que, para o meu desespero, não tinha elevador (eu fiquei no 2º andar, mas as escadas naquele momento me pareciam intermináveis).

No dia seguinte era domingo e ao meio dia acontece sempre a missa especial dos peregrinos. O padre homenageia cada um deles pelo seu país de origem, falando de onde vieram e o quanto caminharam. Foi somente neste momento que me doeu um pouco não ter tido o certificado: naquele dia não havia nenhum vindo do Brasil e a minha caminhada não contava pra eles.

Mesmo ainda cansada, saí para passear pelas ruelas de Santiago que, seja fazendo ou não o Caminho, também valem muito a pena de serem conhecidas. E ali era mesmo o melhor lugar pra me recuperar: com um bom vinho e desfrutando da deliciosa culinária galega.

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TREM NA EUROPA – GUIA PRÁTICO

Se você é como eu e gosta de ir com tudo já acertado aqui do Brasil, inclusive as passagens de trem, esse post é pra você.

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Considerações Gerais

Pra toda e qualquer viagem que eu planejo fazer, o primeiro pitstop pra busca de informações é no Viagem na Viagem, ou VnV, como aparece em alguns posts por aqui.

O Ricardo Freire é ótimo e, mesmo que você não encontre o que procura no grande conteúdo do blog, eles respondem com a maior calma e eficiência todos os comentários. Continue reading