Yogyakarta

Yogyakarta (pronuncia-se Jogjakarta), carinhosamete chamada na região de simplesmente Yogya/ Jogja, é o centro cultural da Ilha de Java. Embora seja uma cidade grande, em muitos aspectos mantem o ritmo mais relaxado e o clima de cidade pequena.

A cidade é a porta de entrada para conhecer Borobudur e Prambanan e, pra mim, foi uma boa escolha ter utilizado ela de base pois, depois das visitas aos templos, ainda dava para conhecer mais algumas coisas e aproveitar uma cidade com mais estrutura.

Os pontos turísticos mais famosos de Yogyakarta são o Taman Sari e Kraton. O Kraton é o palácio onde ainda vive o sultão (sim, Yogyakarta é o único lugar da Indonésia ainda governado por um sultão). Uma parte do complexo é aberta ao público para visitação, mas não espere algo grandioso.  O Taman Sari ou Palácio das Águas era o jardim real do sultão, construído no século XVIII.

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Borobudur e Prambanan

A maioria dos visitantes de Yogyakarta está lá para conhecer Borobudur, o maior e um dos mais incríveis templos budistas do mundo. Provavelmente, você já viu alguma foto da enorme estrutura de pedras, com suas várias estupas se destacando nos arredores verdes.

Borobudur

Entretanto, não demora muito mais do que algumas pesquisas para descobrir que a região também é sede do Prambanan, o segundo maior templo hindu e outra joia da arquitetura antiga – e fica dificil deixá-lo de fora do roteiro. Qualquer outro templo seria ofuscado pela magnitude do Borobudur, mas o fato do Prambanan ainda assim receber destaque demonstra seu valor.

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Raja Ampat – Os 4 Reinos do Paraíso

Raja Ampat é um arquipelago com aproximadamente 1.500 pequenas ilhas, localizadas em West Papua. O lugar, embora ainda bem isolado, vem ganhando atenção internacional, seja pelas paisagens paradisíacas das suas ilhas, seja por ser considerado um dos melhores lugares para mergulho do mundo. A região fica no coração do “Coral Triangle”, o epicentro da biodivesidade marinha.

Pyanemo

Os números variam de acordo com a fonte, mas são mais de mil espécies de peixes e 550 espécies de corais (75% dos corais conhecidos no mundo). Além da diversidade, uma das coisas que mais me chamou atenção foi que os peixes ligam zero para os mergulhadores e de repente você se vê no meio de cardumes inteiros.

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Komodo – Onde os dragões são só mais uma atração

O Parque Nacional de Komodo é considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO e foi criado para proteger os famosos Dragões de Komodo. Além da Ilha de Komodo em si, o parque abrange outras ilhas e uma rica vida marinha, com enormes recifes de corais (são mais de 260 espécies), peixes, tubarões, tartarugas, mantas, baleias … um prato cheio para quem gosta de mergulhar.

A hospedagem no parque é bem restrita, então o ideal para conhecer bem Komodo é ficar embarcado em algum dos tours que partem de Labuan Bajo, cidade da ilha de Flores, onde ficam o aeroporto e várias opções de hotéis. O roteiro mais popular é o de 2 dias e 1 noite, mas há itinerários de até 4 dias. As opções vão desde tour privado em barco de luxo até tours compartilhados em barcos simples. Eu pesquisei bastante sobre Komodo antes e achei que o roteiro de 2D/1N passou por todos os pontos que eu mais queria conhecer.

Nosso barco saiu por volta de 10am de Labuan Bajo e nossa primeira parada foi a Kelor Island. Ali fizemos uma trilha bem curta até o topo de um morro para ter uma vista panorâmica da região. Depois ficamos um tempo relaxando na praia e fazendo snorkel, com vários peixes e corais lindos.

Depois do almoço no barco, nossa próxima parada foi Menjerite, outro ponto de snorkel. O lugar em si é lindo, com vários morros verdes no horizonte, mas o snorkel não achei tão imperdível (embora tenha visto várias tartarugas).

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Nusa Ceningan

Nusa Cenigan é uma ilha bem pequenininha, que geralmente é visitada desde Nusa Lembongan. Elas são ligadas pela Yellow Bridge e é muito rápido e fácil se deslocar entre elas de scooter.

A atração mais famosa de Ceningan é a Blue Lagoon, uma baía de águas bem claras que forma uma espécie de lagoa pelo formato das rochas. Não é possível descer, só avistar do penhasco. Ali está o Klyf Club, um restaurante bem bonito para um almoço ou um drink, com a melhor vista do lugar. 

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Nusa Lembongan

Nusa Lembongan, Ceningan e Penida são três ilhas vizinhas à ilha de Bali, que podem ser acessadas facilmente de ferry desde o porto de Sanur. A maioria dos turistas faz uma bate-e-volta de Bali de um dia somente para Nusa Penida (que ficou famosa pelas imagens no Instagram), mas, se você tiver tempo, vale muito a pena montar sua base em Lembongan e explorar as ilhas com calma.

Embora seja menor que Penida, Lembongan tem uma maior estrutura de hotéis e restaurantes. A ilha é pequena e muito tranquila, então é bem fácil e rápido se deslocar por ela e Ceningan de scooter. Para Penida, saem barcos desde a Yellow Bridge a cada hora. Esse post traz um guia ótimo das 3 ilhas.

A praia mais bonita de Lembongan, sem dúvidas, é a Dream Beach. Logo na entrada da praia, está o Café Pandan, um café que quem tem as melhores vistas da baía. Eles tem um beach club contíguo com piscina, que pode ser utilizado com o pagamento de uma taxa.

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Nusa Penida

Nusa Penida entrou no mapa devido às fotos de Instagram. As praias de areia clara e água azul cliff abaixo fazem com que qualquer celular pareça um drone. A ilha é linda, realmente impressionante e tudo isso que aparece nas fotos.

Mas, vale a pena ter em mente que a beleza de Nusa Penida é mais fácil de ser admirada do que aproveitada. A grande maioria das praias fica muitos e muitos degraus cliff abaixo (e depois acima) e não tem nada ou quase de estrutura.

A ilha se divide entre leste e oeste. É possível conhecer as principais atrações em um dia, mas é um pouco cansativo, principalmente considerando que, se quiser acessar as praias, o esforço físico é considerável, ou seja, não dá pra ficar subindo e descendo em todas as praias num dia só. Acho que o esquema ideal para conhecer Nusa Penida é ficar ao menos 2 dias. Conhecer a parte leste em um dia e a parte oeste em outro. 

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Canggu – A Nova Praia Preferida de Bali

Canggu tem aparecido como a praia mais cool de Bali no momento. O hipster de surfistas e lugares descolados, que começou em Kuta, mudou para Seminyak, agora está um pouco mais ao norte, em Canggu. Provavelmente você não será atraído para Canggu pela beleza das praias ou pela existência de muitos pontos turísticos. O que a torna tão gostosa é a vibe do lugar, um misto da atmosfera relaxada de Bali com restaurantes/bares para todos os gostos, bolsos e nacionalidades, graças à presença de vários nômades digitais na região.

A região de Canggu tem 3 praias mais conhecidas: Berawa, Batu Bolong e Echo Beach. A região de Berawa é separada das outras por um riozinho e tem o acesso um pouco mais complicado, por isso conheci pouco. A única rua que cruza o rio (fora a estrada principal, que tem bastante transito) é a Jala Anggrek, mais conhecida como shortcut. Berawa é um bairro com muitas opções de cafés e restaurantes. O beach club mais famoso é o Finns, que só de olhar o insta já sabia que não era meu estilo, mas acabei indo um dia. Ele é bem grande e cheio, com música alta durante o dia e um esquema mais balada à noite.

Na praia de Batu Bolong, os beach clubs mais famosos são o The Lawn e o Times Beach. O The Lawn é uma mistura perfeita de beach club arrumadinho com uma vibe pé na areia. Na parte de cima, tem uma piscina com borda infinita rodeada de camas com guarda-sol e um longe coberto com mesas. As bean bags com guarda-sol ficam na areia, mas é possível subir para usar a piscina quando quiser. A comida e o serviço são ótimos. O ambiente, que é tranquilo de dia, vai ficando mais agitado no final de tarde, com DJ e música ao vivo em alguns dias da semana. 

The Lawn – e do lado o Times Beach

O Times Beach é dos mesmos donos do The Lawn, mas tem uma vibe mais pé na areia e menos beach club. Bem legal pra tomar um café da manhã e aproveitar pra ficar nas bean bags depois. 

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San Jose em Um Dia 

Poucas pessoas dedicam mais de um dia à capital da Costa Rica. Geralmente San José é utilizada como base no dia de chegada ou de saída do país. De fato, a cidade não oferece muitas atrações imperdíveis que justifiquem uma estadia mais alongada. Nós ficamos 1 dia antes de ir embora e fizemos um roteiro sem muita correria.

Começamos o dia no rolê mais turístico, na Plaza de La Cultura, para visitar o Museo de Oro Precolombiano, que chamou mais atenção pelo exterior do que pelo interior.

Ali na região, aproveitamos para conhecer o Mercado Central de San Jose. O lugar não é muito grande e se divide principalmente em lojas de artesanato/souvenir e pequenos quiosques de comida.

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Parque Manuel Antonio

O Parque Manuel Antonio foi nossa última parada na Costa Rica. Ele fica a apenas 157kms de San Jose, então decidimos esticar nossa roadtrip pela costa oeste até ele antes de voltar para a capital.  

Como nós estávamos indo para Manuel Antonio desde Santa Teresa, aproveitamos que o caminho passava por Jaco para almoçar por lá e dar uma volta na cidade. Jacó é um destino de surfe bem popular na Costa Rica e por isso acaba atraindo muita gente. A praia não é tão bonita, com areia bem escura e muitos bares. A cidade parece ter bastante estrutura.

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Tamarindo, Nosara e Santa Teresa – Praias da Península de Nicoya

Como disse neste post sobre o planejamento da viagem, a Costa Rica tem tantas opções de praia que é difícil escolher em qual se hospedar. Depois de pesquisar muito, acabei decidindo pelas praias da costa oeste. Dividi minha estadia de 10 dias na Península de Nicoya entre Tamarindo, Nosara e Santa Teresa, que falo abaixo. Depois, passei mais 2 dias em Manuel Antonio, que vou falar em outro post.

TAMARINDO

Tamarindo foi a primeira região que despontou como descolada entre os surfistas e pessoal jovem, embora hoje em dia já esteja um pouco mais popularizada, com hotéis maiores e excursões. Li em muitos lugares reclamações sobre o lugar ter perdido o charme e estar muito cheio. Não sei se porque fui logo depois que o país reabriu pós pandemia, mas não achei a praia muvucada.

Nosso hotel ficava no canto esquerdo da praia (de quem olha para o mar), numa área bem tranquila e bem bonita da praia. Nos hospedamos no The Coastal Beachfront.  

No canto oposto direito da praia (olhando pro mar), está o Pangas Beachclub, outro lugar mais tranquilo, que fica num braço de mar.

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Monteverde e As Cloud Forests da Costa Rica

Monteverde é um dos principais destinos de ecoturismo da Costa Rica, conhecido por suas cloud forests. Fazendo jus ao nome, a floresta fica em uma área montanhosa, com mata fechada, muito verde e muita neblina, numa paisagem bem bonita.

A forma mais tradicional de explorar a região é caminhando. Há duas principais reservas na área onde é possível fazer essa atividade. A maior é a Monteverde Cloud Forest Biological Reserve e a mais alta é a Santa Elena Cloud Forest.

Entretanto, a região ganhou fama mesmo pelas pontes suspensas e tirolesas. Sem dúvidas, esse é o jeito mais legal e aventureiro de explorar a reserva: caminhando ou voando por cima do topo das árvores.

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Río Celeste – Parque Nacional Vulcão Tenório

Localizado no Parque Nacional do Vulcão Tenório, o Río Celeste é um dos lugares mais bonitos da Costa Rica. Diz a lenda que, quando Deus pintou o céu, limpou o pincel no Río Celeste. E por aí já dá para imaginar a cor das águas.

Lendas à parte, o fenômeno decorre de uma ilusão ótica, formada pela combinação dos componentes das águas dos Rios Buenavista e La Quebrada Agria. Quando os dois se encontram, a mudança de PH faz com que minerais das águas do Buenavista aumentem de tamanho e fiquem suspensas. Esse minerais (chamados aluminosilicatos), nesse tamanho específico, atuam como prismas que refletem a luz solar somente em tons azuis.   

Já na entrada do parque começa uma trilha asfaltada e não demoram 30 minutos até chegar o que, na minha opinião, é o ponto mais bonito de todo o percurso: a Cachoeira do Río Celeste. A cachoeira tem uns 30 metros e o tom de azul da água do poço é impressionante. É possível descer por uma escada até o poço (são uns 250 degraus – que depois terão que ser encarados na volta), mas é proibido nadar.

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Parque Arenal

Arenal é um dos destinos turísticos mais populares da Costa Rica, com opções de trilhas em meio à natureza, hotsprings, e, claro, o Parque Nacional Vulcão Arenal.

Vulcão Arenal

O Parque Arenal tem dois vulcões, o Arenal e o Cerro Chato. O Cerro Chato é completamente inativo. O Arenal está ativo, mas desde 2010 só tem soltado fumaça (então pode esquecer as dicas da internet de lugares para ver a lava durante a noite). O parque também se divide em duas áreas: o Visitor Center principal e o Setor Península. É possível conhecer os dois no mesmo dia.

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Vulcão Poás – Uma Cratera de Fácil Acesso na Costa Rica

O Vulcão Poás é um dos vulcões mais ativos da Costa Rica (a última erupção aconteceu em 2019). Seu fácil acesso e a lagoa azul linda formada em uma de suas crateras atraem muitos visitantes.

O vulcão fica no Parque Nacional Volcán Poás, a cerca de 30 km (aprox. 1h) do aeroporto de San José. Nós incluímos a visita no nosso deslocamento San Jose/La Fortuna e a estrada do Poás para La Fortuna foi uma das mais bonitas que pegamos na viagem.

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Costa Rica – Programando a Viagem

Sempre que ouvia alguém voltar encantado de alguma viagem para a Costa Rica, lá ia eu pesquisar as fotos do país e sempre ficava com a sensação de que não era tão bonito quanto os vários outros lugares de praia que eu tinha na minha (longa) lista de viagens. Sempre que flertava com a Costa Rica, nada me chamava tanta atenção a ponto de despertar minha vontade de conhecer o país.

Veio a pandemia do COVID-19 e, em 2021, a Costa Rica era um dos poucos países abertos para brasileiros. Então, minha visita pra lá foi mais por força das circunstâncias do que pelo país estar no topo de minha lista de viagem. E que bom que a vida geralmente nos traz coisas inesperadas: sou mais uma das pessoas que voltaram encantadas com a Costa Rica!

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Kigali

Kigali é a capital de Ruanda, considerado um dos países em maior desenvolvimento da África. E realmente a organização, segurança e limpeza da capital impressionam.

O país é sempre lembrado pelo genocídio ocorrido em 1994, decorrente do conflito entre Tutsis e Hutus. Estima-se que entre 500 mil a 1 milhão de Tutsis (cerca de 70% desse grupo) foram mortos em suas próprias aldeias, muitas vezes denunciados pelos próprios vizinhos. Entretanto, Ruanda parece ter aprendido com seus erros do passado e se esforça para manter viva a memória desse evento triste, uma das melhores formas de garantir que não se repita no futuro. A distinção entre Tutsis e Hutus foi retirada dos documentos de identificação nacionais e a negação ou ofensa relacionadas ao evento histórico são crimes.

Nós ficamos hospedados no hotel Mille Collines, antigamente de propriedade belga e que abriu suas portas para abrigar mais de mil refugiados durante o genocídio de 1994. Essa história do hotel e do seu gerente à época é a base do filme Hotel Rwanda, que muita gente deve se lembrar. Apesar desse evento sombrio, o hotel não tem um clima pesado e é uma das melhores opções de hospedagem na capital, com seus bonitos jardins e bons restaurantes. A vista do hotel também é bem bonita durante a noite.

A expressão francesa Mille Collines faz referência a um dos apelidos de Ruanda, também chamada de Terra das Mil Colinas. Para quem for visitar Ruanda e tiver interesse em história, o livro Land of A Thousand Hills – My Life in Rwanda é a bibliografia de Rosamond Halsey Carr, que passa desde os tempos da colonização até o pós genocídio. Eu amei e indico muito.

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Gorilla Trekking – Dicas e Minha Experiência

Para quem ama animais, estar perto dos gorilas é uma experiência única e certamente uma das viagens que vou me lembrar pro resto da vida. É muito impressionante poder observar tão de perto as semelhanças com os humanos, seja no físico, seja no comportamento – e nós compartilhamos cerca de 97% do nosso DNA!

Esses animais gigantes vivem em grupos familiares estáveis, chefiados pelo gorila silverback, fêmeas adultas e os filhos. Alguns grupos possuem outros machos adultos (seja de costas pretas, seja de costas prata, mas somente um silverback é o dominante). Um macho pode chegar a até 200 quilos, mas são animais relativamente gentis e se alimentam basicamente de bambus, frutas e, raramente, formigas.

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