Mykonos

Depois do post gigante de Atenas, prometo me redimir nos posts de Mykonos e Santorini.

Mykonos é considerada a ilha grega das baladas, mas confesso que nesse ponto não vou poder ajudar muito, porque nós estávamos mesmo atrás das praias.

Chegamos na ilha vindo de Atenas, voando pela Aegean Airlines, em míseros 35 minutos. Dá para chegar também de barco ou ferrys, mas o percurso é mais demorado.

Em Mykonos, há duas formas de hospedagem, dependendo do que você procura. Há hotéis em Little Venice e resorts nas praias.

O lado bom de se hospedar em algum resort de praia é que você terá um hotel com uma ótima estrutura e boas vistas para o mar. O lado ruim é que, para ir aos restaurantes e bares de Little Venice à noite, terá que pegar o carro/moto/quadriciclo ou um táxi.

O lado bom de se hospedar em Little Venice é que lá está o agito e você pode fazer tudo à pé à noite. A parte ruim é que a grande maioria dos hotéis não é muito grande, com piscinas, etc.

Como eu não queria ficar limitada a uma praia só e gosto mais é de sair para bater pernas à noite, não tivemos dúvidas para escolher a região de Little Venice. Ficamos no Fresh Boutique Hotel. Parecia bem bonitinho pelo site, mas foi um pouco decepcionante.

Se quiser um bom hotel nessa região, indico o Belvedere.

Outro hotel que vem sendo bem comentado e que, apesar de não ficar ali tão no centrinho, não fica longe, é o Cavo Tagoo.

No primeiro dia, alugamos um carro (a grande maioria das pessoas aluga quadriciclos ou motos, mas eu queria mesmo era um ar-condicionado a hora que saísse da praia morrendo de calor) e já saímos para conhecer algumas praias.

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A maioria das praias de Mykonos é de areia (embora não seja uma areia tão clarinha), com aquele mar lindo com tons de azul claro, azul escuro e verde.

Na parte da manhã, fomos para Praia Paraga, mais tranquila e com mais famílias. Dá para alugar uma cama e um guarda sol e é fácil pedir bebidas e petiscos para os garçons dos bares/restaurantes, que ficam circulando pela areia. Se for ficar para almoçar, o restaurante Kalua é bem recomendado.

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Chegando perto da hora do almoço, fomos para a Praia de Psarou, onde fica o famoso beach club Nammos.  Almoçamos no restaurante delicioso de lá e depois fomos para as espreguiçadeiras, onde ficamos tomando sol e aproveitando o mar. O Nammos é um meio-termo ótimo em Mykonos. A praia não é tão parada como Psarou, fica tocando uma musiquinha e tem bastante gente bonita. Por outro lado, não é a bagunça de Paradise e Super Paradise.

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Chegando o final da tarde, partimos para a Praia Paradise, para aproveitar um pouquinho o agito. A praia em si é meio farofa, mas lá fica o famoso Tropicana, um bar com DJ que, no final da tarde, sobe o volume da música. Na época de temporada, o pessoal (principalmente as mulheres) sobe na mesa para dançar e começa tipo uma balada. Tudo isso com o Sassà agitando, um figura, que está sempre de sunga fio-dental rsrs!

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À noite, fomos jantar no Matsushisa, restaurante do Nobu que fica no hotel Belvedere. Sentamos em uma das mesinhas ao lado da piscina. O ambiente é uma delícia, mas a comida é de comer ajoelhado! Sou suspeita, porque sou fã da comida do Nobu, mas esse foi o restaurante mais gostoso do grupo que já provei. Comi um sashimi de salmão com um molho que parecia ter maracujá tão gostoso que mereceu até foto no meu insta!

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No dia seguinte, acordamos mais tarde e partimos para a Praia Agios Sostis. É uma prainha minúscula, sem nenhuma estrutura, mas que chegando perto do horário do almoço começa a encher por uma causa: o Kiki’s. O restaurante é familiar, pequeninho e simples, numa casinha na descida para a praia. Você escolhe seu peixe (eu comi o polvo, delicioso) e eles deixam dentro da casa uma série de acompanhamentos à vontade, como saladas maravilhosas. Não tem site, nem telefone.

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Agios Sostis fica no lado oposto da ilha em que ficam as praias mais baladas e o bom é que no caminho você já tem vistas como essas.

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À tarde, fomos para a Praia Super Paradise. A praia segue o esquema da Paradise, com um bar que no final da tarde tem DJs tocando e pessoal subindo em cima da mesa. Dessa vez, curtimos só a praia e não ficamos para o agito.

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No final da tarde, voltamos para a cidade e fomos até o Caprice Bar. É um lugar lindo e famoso para ver o cair da tarde. Fica à beira mar, bem pertinho dos moinhos de vento.

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Ficamos andando pelas ruazinhas do centro e encontramos um restaurante lindo para jantar, dentro de um jardim. Não lembro o nome, senão indicaria tranquilamente.

Só para não deixar o blog sem dicas, o restaurante do nosso hotel, chamado Kalita, é uma delícia.

Outro restaurante muito famoso (e recomendado) da cidade, que não provamos, é Sea Satin Market, dos mesmos donos do Caprice. Fica na praça, bem aos pés dos Moinhos de Vento.

Se quiser esticar a noite, a Cavo Paradiso é a balada mais famosa da cidade.

Obs. Débora: em Mykonos há pouquíssimos taxis e absolutamente insuficientes para atender a demanda da ilha. Quando fui para lá (em 2010), a fila do taxi depois da balada era enooorme… demorava mais do que uma hora! 

Embora a estrela das ilhas gregas seja Santorini, eu adoro o clima de Mykonos. Durante o dia, dá para curtir praias maravilhosas (não necessariamente com um som alto na sua cabeça, a ilha tem muitas praias, basta escolher uma calma). À noite, está todo mundo pelas ruas e as opções de restaurantes e bares são enormes, não tem como passar tédio.

Mykonos é o tipo de lugar para voltar sempre!

Santorini

Santorini é uma das imagens típicas da Grécia: aquele mar azul, com casinhas brancas descendo pela encosta.

Nós viemos de avião de Mykonos (Olympic Air), em um voo de 35 minutos, mas também é possível chegar de barco ou ferrys, embora esse meio de transporte demore bem mais.

As principais partes da ilha são Thira (diz-se Fira) e Oia (diz-se Ia).  Embora Thira seja maior e mais econômica, indico de olhos fechados ficar em Oia, vai valer o investimento. É lá que estão as casinhas brancas, o famoso pôr do sol e as ruas de mármore. As fotos de cartão postal que você vê foram tiradas lá.

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Foi lá também que nos hospedamos. Como, diferente de Mykonos, já sabíamos que iriamos ficar bastante no hotel, procuramos um bem bacana. Escolhemos o  Villa Katikies, que tem acomodações lindíssimas e saída direto para a rua principal. Vou falar mais dele no final do post.

No primeiro dia, não quisemos saber de nada, só de Oia. Ficamos andando pela rua principal e adjacentes, tirando várias fotos das paisagens.

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São várias casinhas, igrejas e flores, lindo lindo lindo!

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Fomos andando até o Castelinho, onde ocorre o famoso pôr-do-sol e de onde se tem uma visão linda das casinhas brancas.

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Mas ainda estava longe do horário do sol se por e voltamos para o Hotel Katikies para almoçar e aproveitar a piscina. Você pode (tentar) escolher qual das vistas proporcionadas mais te agrada: da cidade ou do mar. Não preciso falar muito, porque as fotos dizem tudo, não dá vontade de sair de lá!

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A hora que você se cansa do sol, ainda tem a hidro:

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Chegando o final da tarde, tomamos banho, trocamos e roupa e saímos para ver o pôr-do-sol. Tínhamos feito reserva para o Restaurante Ambrosia, que dizem ter uma vista linda para o espetáculo, mas perdemos o horário …

Ficamos naquela de “vamos arriscar ir fora do horário ou não“, mas, para não correr o risco de perder o pôr-do-sol, decidimos ir até o castelinho. É conhecido como o melhor lugar para o final do dia, oferecendo vistas também das casinhas. Mas estava lo-ta-do. Tinha lido que se quisesse pegar um bom lugar, precisava chegar muito mais cedo, mas e a preguiça de ficar lá com o sol na cabeça só para bater boas fotos?

** Um passeio bem comum em Santorini também é ver o pôr-do-sol em barcos. 

Saímos do castelinho e fomos andando pela ruazinha lateral, na qual dá para ver o pôr-do-sol igualzinho. Achamos um lugar numa muretinha e ficamos lá observando. Naquele dia, uma maresia não deixou o sol entrar certinho no mar, mas foi lindo do mesmo jeito.

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No segundo dia, para não dizer que não conhecemos mais nada da ilha além de Oia, alugamos um quadriciclo e fomos dar uma volta.

Santorini tem algumas praias, mas nenhuma delas é bonita. São de pedras ou de areia bem escura e grossa. Então, nem perdemos tempo visitando. Por isso que escolhemos um hotel bom: a parte toda de ficar curtindo o sol rola na piscina do seu hotel e, se ela for com vista para a Caldera, melhor ainda.

Fomos apenas até a Red Beach, uma praia de areias vermelhas, que eu estava curiosa para conhecer. Vale a pena chegar por cima, no view point, de onde se tem um panorama do lugar.

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Na volta, passamos por Thira e resolvemos dar uma voltinha. A cidade é bem diferente de Oia. Eram muitas lojas, uma ao lado da outra, e a maioria das ruas não tinha aquela vista linda para o mar. De qualquer forma, valeu para conhecer.

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Burrinhos de carona que fazem o sobe e desce em Thira

Não era nem horário do almoço quando já estávamos batendo cartão de novo na piscina do hotel rs!!

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No mesmo esquema do dia anterior, no final da tarde nos trocamos e fomos ver novamente o pôr-do-sol. Não sou de repetir programas, mas quando se está na ilha com o pôr-do-sol mais famoso do mundo, não dá para ignorar. Dessa vez, ele desceu certinho no mar!

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Saindo de lá, paramos direto em um restaurante qualquer. O garçom perguntou se a gente preferia a mesa embaixo ou no terraço e nós escolhemos o terraço, claro! O garçom apontou a nossa mesa e ela SÓ era bem de frente para o lugar onde o sol se põe. O céu nem tinha escurecido ainda e a paisagem era essa:

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Ficamos abismados porque o restaurante estava vazio, ninguém tinha ido assistir ao pôr-do-sol de lá! Ficamos conversando com o dono do restaurante e brincamos que ele deveria fazer propaganda da vista que ele tem. A resposta foi: ah não, estou feliz desse jeito. Zero corporativo heheh, se fosse outro dono, já tinha mil indicações no Tripadvisor e cobrava uma fortuna. Então, já fica aqui a dica: se passar o final da tarde confortavelmente sentado na mesa do restaurante, jante no Strogili. Procurei e acho que nem site tem. Depois de tanta informação, esqueci de falar da comida. Não era a melhor, nem a pior. Mas vale pelo ótimo atendimento e pela vista maravilhosa.

Aquele seria nosso último dia na Grécia e não poderia ter terminando melhor! Santorini, você é linda demais!

** Sobre a escolha do hotel em Santorini

Tenho como regra não gastar muito em hotéis (viajar barato para viajar sempre). Quando estamos viajando, batemos perna o dia inteiro e usamos o hotel só para dormir mesmo. Pagar muito seria um péssimo custo x benefício. Então, minhas prioridades na hora da escolha são: limpeza, localização e preço. Essa regra, no entanto, tem uma exceção: quando o turismo é o próprio hotel. Explico. Numa viagem ao Caribe, por exemplo, na maioria do tempo a programação é só curtir a piscina/praia do hotel. Nesses casos, acho que vale a pena investir um pouco mais.

Para ter uma noção da delícia do Villa Katikies, não há lugar de café-da-manhã. No dia anterior, você passa na recepção e escolhe o que quer para o dia seguinte. No horário que você escolheu, eles montam uma mesa na sua varanda, que é virada para o mar.

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Nossa varanda

O que nos fez bater o martelo pela Villa Katikies é que ela é do grupo do próprio Hotel Katikies, do qual pudemos usar todas as instalações.

Conversando com a moça da recepção, ela nos contou que tinham planos para aumentar a estrutura da vila e não seria mais necessário (entenda-se, possível), usar a estrutura do hotel. Vale checar essa informação, porque foram as facilidades (piscinas heheh) do hotel que influenciaram a nossa escolha.

Caso eles ainda mantenham essa possibilidade de intercâmbio, ficar na Villa e não no hotel é um negocião: em agosto de 2013, pagamos uma diária de 399 euros. Não estou dizendo que é pechincha, mas não é caro perto da diária de hotéis em Oia que oferecem essa mesma infra (que podem chegar tranquilamente a 1000 euros).

Roteiro por Atenas

Nossa passagem pela Grécia foi bem rápida. Foram 2 inteiros em cada um dos 3 lugares que ficamos: Atenas, Mikonos e Santorini.

Chegando. Do aeroporto, há um ônibus (X95) que vai até a Syntagma Square (de onde partem vários outros transportes públicos, inclusive o metrô). Logo na saída do aeroporto, já tem um guichê onde dá para comprar a passagem. A parada da Syntagma Square é a final, não tem como errar. O serviço é 24 horas, usamos de madrugada para sair de Atenas e não tivemos problema.

Hospedagem. O bairro mais popular entre os turistas é o de Plaka e a localização não tem como ser melhor. Pertinho da grande maioria dos pontos turísticos, dá para fazer tudo à pé.

Nós ficamos em um B&B super gracinha, com um café da manhã delicioso e uma dona hiper simpática. Indico! Era o Sweet Home Hotel. Escolhemos por ser pertinho da Praça Syntagma, principalmente porque de lá pegaríamos o ônibus para o aeroporto de madrugada para Mykonos.

Locomoção. Mesmo nosso hotel não sendo colado na Acrópole, nós fizemos absolutamente tudo caminhando, só pegamos um táxi para voltar para o hotel à noite depois de um restaurante, por pura preguiça. Eu não ligo de andar, acho que é um jeito ótimo de ir conhecendo os lugares.

Se quiser poupar esforços, o metrô é bem simples de usar e para perto da maioria das atrações turísticas. De bônus, você pode ver algumas descobertas arqueológicas realizadas durante as escavações do metrô. Sei que tem na estação Syntagma e na estação Akropolis.

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Quanto tempo ficar. Isso é um problema e varia muito de pessoa para pessoa, do ritmo de viagem e dos interesses na cidade. Não dá para esquecer que existe a Atenas Antiga (com muitos pontos turísticos) e a Atenas Atual (com alguns outros).

Muita gente (que já foi) me falou que um dia em Atenas seria suficiente. Como sou louca por história e não queria deixar passar nada sem visitar, reservamos dois dias, mas depois também encontrei gente falando que era pouco hahaha.

Se o seu interesse na Grécia é mais nas ilhas e você vai passar por Atenas para conhecer mesmo só a Acrópole e seu museu, dá para fazer em um dia tranquilamente.

Se quiser adicionar alguns outros lugares da Grécia Antiga (Ágora Antiga, Templo de Zeus Olímpico e Estádio Panathinaiko) e seu ritmo de viagem for rápido, acho que ainda dá para fazer em um dia no verão (mais horas de sol). Mas prepare-se: vai ser (bem) corrido e cansativo (é muito calor e as coisas de pedra não ajudam muito).

Nós ficamos dois dias e foi suficiente para ver tudo com calma e subir à Acrópole duas vezes. Mas nos limitamos às atrações da Grécia Antiga, não incluímos pontos turísticos atuais, como o parlamento e a universidade.  Se quiser fazer absolutamente tudo ou tiver/gostar de um ritmo mais lento de viagem, pode separar até três dias.

Atrações. Decidi não fazer um “roteiro” das atrações, porque queria descrever bem cada uma delas. Lá em cima, tem um mapinha e você pode ver qual ordem funciona melhor para você.

Grécia Antiga

ACROPOLE

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No primeiro dia, acordamos cedo e já fomos em direção à Acrópole, para não pegar o lugar tão lotado. Mesmo assim, tinha bastante gente!

A Acrópole era um santuário da Grécia Antiga, dedicado à Deusa Atena.

Entramos pela lateral, onde ficam dois anfiteatros romanos e já aproveitamos para conhecer.

O primeiro e menos conservado é o Teatro de Dionísio, o primeiro teatro de pedra a ser construído no mundo.

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O segundo, maior e mais conservado, é o Teatro de Herodes Ático, onde até hoje são realizados alguns shows de música clássica, principalmente durante o verão. Quando fomos, estava tendo uma temporada, mas não tinha nenhuma apresentação nos dias em que passaríamos lá. Vale a pena checar antes da sua visita, deve ser demais!

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Entre os dois teatros, está o Asclepion, um conjunto de templos curativos, para onde as pessoas iam para ser tratadas. Lá, aconteciam os cultos ao Deus Asclepio, para o qual eram ofertadas serpentes. Vem daí o costume de usar a serpente como símbolo de farmácias e da medicina.

Subindo mais um pouco, chegamos na entrada da Acrópole, a Propylea, bem imponente com suas colunas. À esquerda, fica a Pinacoteca e à direita, o Templo de Atenas Nike.

Passando a Propylea, você já verá o Parthenon à sua frente, meio para a direita. À frente, meio para a esquerda, estará o Erecteion. São os dois templos principais da Acrópole.

O Parthenon deve ser o templo mais famoso do mundo é a imagem que vem à cabeça de 99% das pessoas quando pensam em Grécia Antiga. Para a decepção de todos os turistas que passam por lá todos os dias, o templo está em uma eterna reforma rs!

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Seu nome deriva da própria deusa homenageada: Athena Parthenos. São 8 colunas na frente e 16 nas laterais. Quando você visitar o Museu da Acrópole, pode ver uma explicação detalhada sobre sua arquitetura. Vou falar só algumas curiosidades:

– o templo parece reto, mas não é! A parte central é um pouco mais alta que a lateral. Isso porque o olho humano tende a ver a parte central de edifícios largos e retangulares como mais afundada no chão. Para evitar essa ilusão de ótica, os arquitetos (já naquela época!) fizeram o Parthenon um pouco convexo.

– os espaços entre as colunas do templo parecem iguais, mas não são. Mais um jogo de ilusão de ótica. Nós tendemos a ver espaços iguais mais estreitos conforme eles se aproximam das extremidades. Por isso, os espaços entre as colunas do meio do edifício são menores e vão aumentando conforme vão chegando às pontas.

– as colunas parecem do mesmo tamanho, mas não são. Nosso olho tende a ver como menores as colunas onde bate sol. Por isso, as colunas das esquinas (que recebem mais luz) são um pouco mais grossas que as demais.

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 Todas essas curiosidades nós só ficamos sabendo DEPOIS de ter visitado a Acrópole, no dia seguinte. Além disso, o museu tem partes inteiras do Parthenon. Só dá para imaginar realmente como foi o edifício depois de vê-las. Resultado: depois da nossa visita ao museu, resolvemos voltar para a Acrópole e ver tudo de novo, agora com mais conhecimento.

Então, já deixo aqui minha dica: visite antes o museu e depois a Acrópole.

Se quiser fazer esse esquema, não conseguirá ir cedo à Acrópole e evitar o fluxo de turistas. O melhor, então, é deixar para visitá-la no final da tarde, quando a maioria das excursões já foi.  Foi o que fizemos na nossa segunda visita e o lugar estava praticamente vazio (bem mais vazio que de manhã cedo). É outra energia visitá-lo sem um monte de gente. Dá para ficar sentado, olhando todos os detalhes e imaginando como deveria ser naquela época. De quebra, ainda pegamos um pôr do sol lindo.

O outro templo, o Erectheion é famoso por suas colunas em forma de mulheres, as cariátides. As que estão lá são cópias. Quatro delas estão no museu da Acrópole e a outra, no British Museum. Segundo a lenda, esse templo fica no lugar mais sagrado da Acrópole, onde Poseidon e Atenas lutaram para decidir quem seria o patrono da cidade. Foi lá que Poseidon fincou seu tridente na rocha, enquanto Atenas tocou o chão e fez nascer uma oliveira. Atenas foi declarada a ganhadora da disputa e até hoje a cidade leva seu nome.

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Para finalizar sua visita, vá até o lugar onde fica a bandeira da Grécia, de onde se tem uma visão panorâmica tanto da Acrópole, como da Cidade de Atenas lá embaixo. Se for final de tarde, esse é o lugar para ver o pôr do sol.

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** O ticket da Acrópole dá direito também a entrar na Ágora Antiga (ou Ágora Grega), na Ágora Romana, no Cemitério Cerâmico, no Templo de Zeus Olímpico e no Teatro de Dionísio.

MONTE AEROPAGO

Saindo da Acrópole, você praticamente tropeça no Monte Aeropago, que nada mais é do que um amontoado de pedras. É muito fácil de subir e oferece uma vista bonita da Ágora Antiga e da cidade lá embaixo.

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Ele ainda é conhecido por algumas lendas e fatos históricos. Era parte da Acrópole e sede do Conselho de Aeropago, considerado o mais antigo Tribunal de Justiça do Mundo (o conselho controlava os juízes, interpretava leis e julgava homicidas). Para a mitologia, foi nesse local que Atenas foi julgada pelo conselho de deuses pela morte do filho de Poseidon. Para os Cristãos, há um registro público de que São Paulo discursou ali.

AGORA GREGA

De cima do Monte Aeropago, é possível avistar uma espécie de parque com um templo no meio. É Ágora Antiga ou Ágora Grega.

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Na Grécia Antiga, a ágora era o centro comercial-administrativo-religioso da cidade, mais ou menos como os fóruns romanos. Lá estavam edifícios administrativos, tribunais de justiça e templos.

Hoje em dia, restam poucas ruínas mal conservadas, com exceção do Templo de Hefesto, praticamente inteiro.

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Outra atração do lugar é o “museu”  com alguns objetos achados nas escavações, como uma clepsidra (relógio de água que delimitava o tempo de discurso dos gregos). É bem pequeno (na verdade, é mais uma galeria) e não paga nada para entrar.

Para chegar até lá, basta sair da Acrópole e ir descendo pelo lado direito. Não sei se demos sorte, mas estava bem vazia. Visitamos o Templo de Hefesto sem ninguém.

De lá, ainda se tem uma bela visão do Parthenon.

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RUAS DO BAIRRO DE PLAKA

Ao redor da Acrópole, a maioria das ruas do Bairro de Plaka são exclusivas para pedestres e é possível encontrar várias lojinhas vendendo todo o tipo de souvenires.

Também há vários restaurantes que servem o famoso gyro, ou o que nós brasileiros chamamos de churrasquinho grego. Os gregos colocam carne, frango ou porco num daqueles espetos grandes que ficam girando, igual o que temos no Brasil. Para servir, vem acompanhado de iogurte, salada e batata frita. Pode vir em forma de sanduíche ou no prato. Óbvio que eu não ia deixar de comer o churrasco grego na Grécia! Provei em um restaurante qualquer que paramos e estava muito bom.

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Já que estamos no tema comida, também comi muita moussaka e salada grega (pepino, tomate, cebola e azeitona) com queijo feta. Que delícia!

Passando da comida para a bebida, os gregos adoram tomar ouzo, uma bebida destilada à base de anis. Em Plaka, tem até uma ouzeria que diz ser a destilaria mais antiga da cidade, a Brettos. A decoração é bem legal, cheia de garrafas coloridas!

AGORA ROMANA

A Ágora Romana fica um pouco mais afastada da Acrópole, embora seja pertinho para chegar caminhando. É uma pequena pracinha, com algumas ruínas do que era um antigo mercado romano (não entendo porque não chama fórum rs!). Nós nem entramos, só vimos de fora porque passamos na frente sem querer.

Se quiser visitar, tem mais informações aqui.

TEMPLO DE ZEUS OLIMPICO

O Templo de Zeus Olímpico, hoje em dia, se resume a 16 colunas. Mas era o maior templo da antiguidade e, vendo o tamanho das colunas, não tem como não imaginar a grandiosidade que devia ser aquilo quando estava completo.

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O templo foi finalizado somente pelo imperador romano Adriano, em 131 d.C., embora sua construção tenha se iniciado em 515 a.C. e tenha sido abandonada diversas vezes.

Para homenagear o imperador que finalizou a obra, foi construída a porta de Adriano, que fica ao lado do templo.

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ESTADIO PARATHINAIKO

A construção do primeiro estádio de madeira nesse local ocorreu em 330 a.C. Posteriormente, Herodes Ático (o mesmo do teatro da Acrópole) construiu um estádio em mármore, utilizado para os Jogos Panatenaicos, que aconteciam em homenagem à Deusa Atenas.

Ficou alguns anos em desuso e foi restaurado em 1895, para sediar os primeiros jogos olímpicos da era moderna, ocorridos em 1896.

Nas olímpiadas de 2004, sediadas na Grécia, a chegada da maratona ocorreu ali, imagino a emoção dos corredores.

Muita gente só passa pelo estádio por fora, de onde já dá para vê-lo bem.

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Estádio visto de fora

Como eu gosto muito de história, nós resolvemos entrar. Você não vai ver muito mais coisa do que por fora, só vai ver de mais perto e, se usar o audio guide, escutar muitos fatos históricos legais. O estádio é enorme e é uma reconstrução exata de como era na época de Herodes Ático, tem até as cadeiras dos governantes. Eu achei bem legal!

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MUSEU DA ACROPOLE

*Já disse na parte da Acrópole que recomendo fortemente visitá-lo antes dela e expliquei o porquê.

O museu foi construído sobre as escavações de um antigo povoado cristão e a entrada se faz por passarelas de vidro que ficam bem em cima das ruínas. Algumas partes do térreo são assim também.

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Entrando no museu, a visita se dá por ordem cronológica e tem muitas, muitas peças grega-antigas!

Para mim, são dois os pontos altos. O primeiro é a exposição das cariátides originais.

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O segundo ocupa o terceiro andar inteiro do museu e são dos frisos do Partenon. São iluminados naturalmente pelas paredes de vidro, com vista para a Acrópole e o próprio templo. Os frisos são dispostos em uma espécie de construção, como eram originalmente, e você dá a volta para observá-los. Ficamos tão enfeitiçados que esquecemos de fotografar!

Uma curiosidade do museu é que há partes sem nada, para lembrar os visitantes de que boa parte da coleção grega está no British Museum. Os gregos acreditam que os britânicos teriam “roubado” Atenas e desejam que o British devolva as peças. Os ingleses, de outro lado, declararam que as peças foram adquiridas legalmente. Então, se quiser ver a coleção toda, você continuará tendo que visitar os dois rs!

A arquitetura do museu e a iluminação quase toda natural são bem bonitas. Apesar de ele ter três andares, não é muito grande e a visita não é cansativa.

Tente chegar cedo para fugir das excursões. Também vale a pena checar os horários aqui, porque eles variam de dia para dia e de estação para estação. Entre novembro e março, o museu não abre de segunda.

MUSEU ARQUEOLOGICO NACIONAL

Depois da inauguração do Museu da Acrópoles, em 2009, o Museu Arqueológico Nacional perdeu um pouco a atenção dos turistas (nós, por exemplo, não fomos), mas ele é considerado um dos mais completos do mundo ligados à coleção de artes da Grécia Antiga.

São cinco principais coleções: a de antiguidades pré-históricas, a de esculturas, a de vasos e objetos menores, a de bronze e a egípcia. Maiores informações aqui.

Obs. Débora: eu fui a este museu porque tinha mais tempo… ele, de fato, acaba não sendo o mais impressionante, embora tenha um acervo enorme e  peças bem interessantes!

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RESTAURANTE COM VISTA PARA A ACROPOLE

Na verdade, não é uma atração turística, mas é um programa bem gostoso para fazer à noite.

Na Rua Apostolou Pavlou, lateral à Ágora Antiga, há vários restaurantes, muitos deles com vista para a Acrópole dos seus terraços (pesquisando, dá até para achar alguns hotéis por lá com a mesma vista!).

Nós fomos por acaso no Thissio View. O restaurante é bem bonitinho e demos sorte de chegar cedo, porque depois ficou lotado. Um pouco mais tarde também começou a rolar uma música e tinha bastante gente só no bar bebendo.

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Na frente do restaurante, na rua mesmo (de pedestres), ficam umas mesinhas ao ar livre. Como estava calor, tinha muita gente lá aproveitando para tomar alguma coisa.

A comida não era nem ruim nem boa (apesar de demorada), o preço era um pouquinho acima da média, mas a vista da Acrópole compensou tudo!

Atenas “Nova”

PARLAMENTO

Nós vimos o parlamento de fora, passando rapidinho pela Praça Syntagma. Para quem se interessar, há a troca de guarda todos os dias de hora em hora. Li que é muito engraçado e deve ser mesmo, porque só de olhar para a roupa deles já dá vontade de rir.

*Obs Débora: Esta troca de guardas é um tanto supreendente mesmo… Dura em torno de 15minutos (só aos domingos às 11h há o cerimonial completo) e não só pela vestimenta – o pompom no sapato é o mais legal! -, como pelos próprios movimentos que os guardas fazem, é impossível não ver vários turistas rindo durante a apresentação.

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RUA ERMOU

Logo no dia que chegamos em Atenas, não ia dar tempo de fazer muita coisa, então fomos até a Rua Ermou, uma rua de pedestres que sai da Praça Syntagma e é cheia de lojas ao redor. No final da rua, fica a Igreja de Panaghia Kapnikarea, uma igreja ortodoxa do século XI.

Nas transversais de Rua Ermou, há outras ruazinhas de pedestres com muitos restaurantes e mesas nas calçadas. Sentamos em um deles e aproveitamos para fazer nosso almo-janta.

UNIVERSIDADE

Nós não visitamos, porque achamos que perderíamos mais tempo chegando até lá do que propriamente conhecendo, mas a Universidade de Atenas tem uma fachada super bonita.

* Obs Débora: uma dica que um amigo me deu e que gostei muito é ir visitar o TEMPLO de POSEIDON e, de preferência, no horário do pôr do sol! Mas vale pra quem tiver um pouco mais de tempo, já que ele fica em Cabo Sounion, a quase uma hora de distância de carro do centro de Atenas. A vista do mar egeu, já na estrada, é linda, mas fica ainda mais bonita quando se chega ao templo, erguido para proteger as águas gregas.

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Se for aproveitar sua visita à Atenas para dar uma passadinha nas praias, tem post de Mikonos e Santorini aqui e aqui.